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Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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1 de setembro de 2013

01. 09. - uma lição de História


(Fonte: deviantart)

 
Há um ditado, repetido algumas vezes pelo Beato João Paulo II que afirma: "A nação que perde a memória, perde identidade". Estudar a história, relembrar os fatos do passado e aprender com eles é um dos caminhos que permitem o desenvolvimento de uma nação, de toda a humanidade e de um indivíduo, também. Hoje, 01 de setembro, é o dia que se inscreveu na história mundial como início da II Guerra Mundial. O tema é amplo, complexo, até hoje polêmico, mas as noções básicas podem e devem ser repetidas, mesmo depois desses 74 anos.

A pergunta que, neste contexto, nunca perde a sua atualidade é: até onde pode nos levar a ideologia da superioridade de um grupo de pessoas, em relação a outro grupo? No caso do nazismo hitlerista, tratava-se de ideologia de superioridade racial ariana (a noção dos alemães como o Herrenvolk ["raça-mestra"] e o Übermensch ["super-homem"], bem como a ideia de "espaço vital" que precisava ser aberto para essa "raça pura", através das invasões militares e da exterminação de outras nações, consideradas inferiores).
 
Isso não nos parece familiar?
A homofobia, com todas as suas expressões, não se baseia nos mesmos princípios?
Quantas pessoas acreditam seriamente que a "raça heterossexual" e superior à "homossexual" ("bi-", "trans-" e tantas outras que não se encaixam em "heteronormatividade"?).
 
Ora, eu não pretendo comparar os fatos históricos com a realidade de hoje, pois as proporções, por enquanto, são diferentes. Apenas aponto os princípios ideológicos que têm a mesma base.
 
De acordo com alguns importantes autores, entre eles o próprio Freud e também Daniel Chaves de Brito e Wilson José Barp (ambos da UFPA) [leia aqui], "o medo de um inimigo externo é funcional para aglutinar socialmente povos que até pouco tempo não se identificavam enquanto uma só nação, como foram os casos de países unificados apenas no século XIX (Alemanha e Itália). Como Freud havia demonstrado, a necessidade da criação artificial da identidade em grupos sociais pode levar à homogeneização forçada destes, e a existência de membros diferentes no grupo é desestabilizadora, o que leva o grupo a tentar eliminá-lo. Entretanto, era necessário algo mais, além do medo de um inimigo externo, para conseguir atingir o ultranacionalismo e totalitarismo. Era funcional criar inimigos internos, sorrateiros, subterrâneos, conspiratórios. O nazismo acrescentou ao rol de inimigos - em que já estava incluído o comunismo - algumas minorias étnico-religiosas e outras: os judeus,  em um primeiro momento, e depois os ciganos e os povos eslavos, mas também os cristãos em geral, os homossexuais e vários outros grupos" (Wikipédia, com alterações).
 
Não preciso lembrar a ninguém de que o termo "fobia", proveniente do grego (φόβος), significa "medo".

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