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Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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6 de setembro de 2013

Valores universais

Quando se trata de valores universais, ainda que anunciados em um determinado contexto - neste caso, relacionados à ameaça de guerra na Síria - devem ser compreendidos, justamente, como universais, válidos sempre e em todos os ambientes e situações.
 
Reforçando o apelo do Papa Francisco e o seu convite para uma oração mais intensa pela paz, com o destaque dado à Vigília de oração, no próximo sábado, dia 07, o cardeal brasileiro, Dom Dom João Braz de Aviz, Prefeito da Congregação para os Institutos de Vida Consagrada e as Sociedades de Vida Apostólica, usou os seguintes termos:
 
"(...) a saída é a construção da paz, do diálogo, da capacidade de aproximação das pessoas; da paciência histórica de continuar procurando entender as razões do outro e defender os valores que são os grandes valores da humanidade, como a paz, a justiça, o perdão e a capacidade de diálogo. (...) Nós acreditamos neste caminho e sabemos que o Senhor é capaz de dar a paz à sua Igreja, dar a paz às nações, a todas as culturas, à convivência social no mundo inteiro, sobretudo neste momento em que nós buscamos razões, modos e métodos para poder realizar esta convivência globalizada. Temos os meios necessários, precisamos que estes valores profundos do coração, que constroem a paz, possam sustentar o nosso caminho”.  (Leia aqui a matéria, publicada no site do Rádio Vaticano).
 

No mesmo site encontramos um breve texto sobre o encontro do Papa com o Catholicos Moran Baselios Marthoma Paulose II, a autoridade máxima da Igreja Ortodoxa Sírio-Malankar (também conhecida como a Igreja Indiana, ou  Igreja Ortodoxa do Oriente, membro da família cristã ortodoxa de Igrejas "não calcedonianas", ou antigas Igrejas Ortodoxas = aquelas que se separaram da única Igreja depois do Concílio em Calcedônia, em 451, isto é bem antes da "grande cisma" em 1054. A Igreja Ortodoxa Sírio-Malankar nasceu da pregação do Apóstolo Tomé na Ásia. Radicada na Índia, tem, aproximadamente, 2 milhões e 500 mil membros, espalhados em 30 dioceses).
 
Desta vez, o Papa falou sobre os valores universais:
 
“No caminho ecumênico, é importante olhar para os passos realizados, superando preconceitos e isolamento, que fazem parte daquela 'cultura de colisão', que é fonte de divisão, e deixando espaço para a 'cultura do encontro', que nos educa à compreensão recíproca e a atuar pela unidade.” E acrescentou: “É importante intensificar a oração, porque somente o Espírito Santo com a sua graça, com a sua luz, com o seu calor pode degelar nossa insensibilidade e guiar os nossos passos rumo a uma fraternidade sempre maior.” (o texto original da matéria está aqui, enquanto aguardamos a tradução de todo o discurso do Papa, no site oficial da Santa Sé).
 
Agora me digam: estas expressões servem somente para a situação atual, relacionada ao apelo pela paz na Síria, ou talvez apenas para o diálogo ecumênico? Ou, então, aplicam-se, igualmente, a todas as circunstâncias que envolvem qualquer dificuldade de convivência e aceitação mútua?
 
E o diálogo entre os cristãos e os irmãos e irmãs da Comunidade GLBTT, "superando preconceitos e isolamento que fazem parte daquela cultura de colisão, que é doente de divisão", como diz o Papa? Ou com a "capacidade de aproximação das pessoas, paciência histórica de continuar procurando entender as razões do outro e defender os valores que são os grandes valores da humanidade, como a paz, a justiça, o perdão e a capacidade de diálogo", como diz o Cardeal Braz de Aviz?

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