ESTE BLOG NÃO POSSUI CONTEÚDO PORNOGRÁFICO

Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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30 de novembro de 2010

o mundo colorido (1)

Com a chegada do Advento veio o convite para reflexão mais demorada, detalhada, profunda. Eu sei que o conceito de um blog não permite as postagens longas e exageradas, mas peço um pouco de paciência. Percebi que o "vício" de textos muito curtos pode levar (o que tem acontecido na mídia em geral) a uma banalização. A vida banalizada torna-se cruel, fria e vazia. Quem quiser, então, reflita comigo...
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Entre os mais diversos elementos de simbologia cristã (assim, como em todo tipo de cultura), AS CORES ocupam um lugar de destaque. A sua origem está na natureza e a sua expressão privilegiada na liturgia. A distribuição de significados vem de uma mistura de costumes, intuições, experiências místicas e artísticas. A Igreja, ao recolher uma herança milenar de jornada espiritual do Povo de Deus, definiu as regras, também neste aspecto. Temos, portanto, as quatro cores principais (branco, verde, vermelho e roxo) e mais algumas, digamos, adicionais (róseo, azul, preto, dourado e prateado).


BRANCO - é usado na liturgia do Tempo Pascal e do Natal do Senhor, bem como nas suas festas e memórias, exceto as da Paixão; nas festas e memórias da Santíssima Virgem Maria, dos Santos Anjos, dos Santos não Mártires. É símbolo da luz, da inocência e da pureza, de alegria e da glória.
VERDE - usado no Tempo Comum. Lembrando a cor das plantas e árvores, simboliza a vida, e o crescimento, prenunciando a esperança da vida eterna.
VERMELHO - usado no Domingo de ramos e na Sexta-feira Santa; no domingo de Pentecostes, nas celebrações da Paixão do Senhor, nas festas dos Apóstolos e Mártires. Simboliza as línguas de fogo em Pentecostes e o sangue derramado por Cristo e pelos mártires, além de indicar a caridade inflamante.
ROXO - usado no tempo do Advento e da Quaresma, nos Ofícios e Missas pelos mortos e no Sacrameno de Reconciliação (Confissão). Significa penitência, conversão, luto e saudade.
RÓSEO - usado apenas duas vezes ao longo de todo o ano litúrgico: no 3° Domingo do Advento e no 4° Domingo da Quaresma. Significa a proximidade (ou a esperança e a alegria antecipada) da[s] Festa[s] que se aproxima[m].
AZUL - usado (em algumas regiões) nas solenidades e festas de Nossa Senhora. Simboliza a Santíssima Virgem Maria e o céu.
PRETO - pode ser usado, onde for o costume, nas Missas pelos mortos. Simboliza o luto, a tristeza da morte e a escuridão do sepulcro. Na prática, o uso desta cor foi abolida pela maioria dos padres.
DOURADO e PRATEADO - usados nos dias festivos, podem substituir qualquer outra cor (menos o preto). Na prática, com maior frequencia, substituem a cor branca.
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Na próxima postagem vamos ver algumas semelhanças/analogias ao refletirmos as cores da BANDEIRA ARCO-ÌRIS...

28 de novembro de 2010

O que espero? (1)


Começou o tempo do Advento. Além de preparação para o Natal, é o tempo de uma reflexão/oração mais atenta, talvez mais demorada, profunda. O Papa Bento XVI, durante a tradicional oração do ANGELUS, deixou hoje uma pergunta "no ar". Nestas próximas semanas vou tentar responder ao Papa e a mim mesmo. Quem sabe, também aqui, por escrito. Transcrevo algumas partes deste texto do portal da Agência Zenit (já que o site do Vaticano ainda está apenas com a versão em italiano).

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"A espera, o aguardar, é uma dimensão que atravessa toda a nossa existência pessoal, familiar e social. A espera é presente em milhares de situações, das menores e mais banais às mais importantes, que nos comprometem totalmente e no profundo".

Bento XVI citou exemplos de momentos marcantes nesse sentido, como a espera dos pais pelo filho, a espera de um jovem pelo êxito em um exame decisivo ou em uma entrevista de trabalho; nas relações afetivas, a espera do encontro com a pessoa amada, da resposta a uma carta, ou da acolhida de um pedido de perdão.

Segundo o Papa, “pode-se dizer que o homem está vivo enquanto espera, enquanto em seu coração é viva a esperança. E por sua esperança o homem se reconhece: a nossa ‘estatura’ moral e espiritual se pode medir por aquilo que esperamos, por aquilo em que temos esperança”.

Neste tempo que prepara o Natal, o Papa convidou cada pessoa a se perguntar aquilo que espera. “O que, neste momento de minha vida, clama em meu coração?”.

26 de novembro de 2010

pelo menos falam

Prometi ontem não tocar mais no assunto do livro-entrevista ("Luz do mundo", Seewald&Bento XVI), até conseguir ter, ler, analisar e compreender a própria obra. Senti um tanto o "puxão de orelha" de Peter Seewald, dirigido em primeiro lugar aos jornalistas, mas também a todos que comentam e criticam o livro, sem tê-lo conhecido por inteiro, mas baseando-se apenas em alguns trechos "descontextualizados". Ele tem toda razão. Entretanto, toda essa "tempestade num copo d'água", tem o seu lado bom. As mais diversas autoridades (além daqueles sem autoridade alguma!), começaram a falar mais sobre a sexualidade. Até que enfim. Não digo que a Igreja tenha se omitido nesta questão. Existem inúmeros documentos doutrinais, o Catecismo, os discursos do Papa, etc. Basta entrar no site do Vaticano ou em qualquer livraria católica. O problema é que diante de um cidadão (digamos) "simples", surgem vários obstáculos pelo caminho (supondo já que ele queira seguir o caminho de reflexão): o próprio acesso aos arquivos em questão (o portal do Vaticano e, principalmente, o seu sistema de busca, não é uma coisa tão simples assim); a linguagem filosófico-teologica e o tamanho dos textos... Enfim, para muitos, a leitura (além das manchetes de jornais), não faz parte de rotina diária. Por isso, o surgimento de artigos, comentários, entrevistas (provocado, exatamente, pela confusão jornalística dos últimos dias), permite-nos ouvir mais e de maneira mais simples. Trago hoje algumas palavras de D. Filippo Santoro (bispo de Petrópolis - RJ) que comenta as reações do mundo ao lançamento daquele livro. A fonte e o artigo na íntegra: aqui. Grifes no texto são meus. Ah, quero lembrar o contexto e o propósito deste blog: eu leio, reflito e interpreto tudo do ponto de vista de um HOMOSSEXUAL.
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O objetivo da entrevista do Papa é superar uma visão puramente mecânica da sexualidade e abrir a uma visão mais humana, que comporta a doação à vida do outro e não apenas uma droga para uma satisfação narcisista de si. Trata-se de ampliar a afetividade e não de frustrá-la ou reduzi-la. “É por isso que o combate contra a banalização da sexualidade também faz parte da luta para que ela seja valorizada positivamente e o seu efeito positivo se possa desenvolver sobre o ser humano na sua totalidade”. Assim o Papa se coloca na perspectiva da valorização da sexualidade humana como expressão de amor, responsabilidade e dom de si e não como redução do outro a objeto. Isso aprofunda e não reforma o ensinamento moral da Igreja. Quando a prática sexual representa um efetivo risco para a vida do outro, e somente neste caso excepcional, o uso do preservativo, reduzindo o risco do contagio, é um primeiro ato de responsabilidade, um primeiro passo para uma sexualidade mais humana. (...) Não estamos diante de nenhuma revolução na visão da moral cristã, mas sim diante de um aprofundamento do valor da sexualidade e do valor pleno da vida, que nasce do respeito da dignidade humana. O horizonte do Papa é muito maior que a pura questão do preservativo. (...) O centro da mensagem do Papa nesta entrevista é uma proposta de esperança para a humanidade, que tem um horizonte grande e quer oferecer uma luz para o presente e o destino das pessoas.

24 de novembro de 2010

Livro-entrevista com Bento XVI (4)

Esta é quarta e, por enquanto, última (prometo!) reflexão sobre o livro-entrevista "Luz do mundo", comentado aqui e em quase todos os meios de comunicação nos últimos dias. Concordo com o Peter Seewald, o autor (junto com o Papa), que estamos diante de um delírio jornalístico que, de fato, revela a fragilidade doentia de muitos representantes desta profissão. Eu não sou jornalista, mas o blog não deixa de ser um meio de comunicação. Decidi parar por aqui, até ter em mãos o dito (e bendito) livro. O que posso dizer, exatamente graças à divulgação mundial feita de tantas maneiras, é que o livro promete. Mal posso esperar. Quero crer que os tradutores (de alemão para português) estejam (ou tenham sido) bastante atentos para não cometer erros e falhas, como aconteceu com a versão em italiano (justamente na parte que fala de preservativos). Enfim, transcrevo aqui algumas palavras de Peter Seewald e me proponho a naõ esquecer delas na elaboração de conteúdo deste blog. O atrigo que traz as afirmações do jornalista e escritor alemão encontrei no portal da Agência Zenit (aqui).
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O autor do livro "Luz do mundo", Peter Seewald, está visivelmente decepcionado pelo fato de que a recepção do livro tenha se reduzido a artigos sobre o preservativo, quando ele pretende falar do "futuro do planeta", como indica no subtítulo: "O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos". (...)
Durante a apresentação no Vaticano, o jornalista e escritor bávaro respondeu às perguntas dos jornalistas, em alemão, e deplorou diante deles a "crise do jornalismo", como demonstra a acolhida oferecida à sua obra. (...)
"Nosso livro - afirma - evoca a sobrevivência do planeta que está ameaçado, o Papa lança um apelo à humanidade, nosso mundo está no transe do colapso e a metade dos jornalistas só se interessa pela questão do preservativo."
Seewald insiste em que o Papa busca "a humanização da sexualidade" e apresenta a questão de fundo: "A sexualidade tem algo a ver com o amor?". Trata-se da "responsabilidade da sexualidade".
Para o escritor, o excesso de concentração no tema do preservativo é "ridículo", enquanto se esquece da questão de transformar o mundo, que é a proposta do Papa, pois "não podemos continuar assim", como insiste o livro.

23 de novembro de 2010

Livro-entrevista com Bento XVI (3)

O portal Agência Ecclesia informa que a versão portuguesa do livro “Luz do mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos” (entrevista de jornalista e escritor alemão Peter Seewald com o Papa Bento XVI) deve ser lançada no Portugal no final de novembro. Quem sabe, chegue ao Brasil antes de Natal. Enquanto isso não acontece, continuo a leitura de frases e trechos um pouco maiores, mesmo correndo risco de algum equívoco, por não conhecer o contexto mais amplo. Hoje trago aqui algumas expressões citadas pela Agência Ecclesia (aqui). Neste blog, esta é a terceira vez em que falo sobre o assunto. Se quiser, leia as duas postagens imediatamente anteriores. Na citação em seguida, o destaque no texto é meu...
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Bento XVI considera que a Igreja tem de exprimir de um “modo novo” a positividade do corpo e da sexualidade, mas alerta que as sondagens não são “o critério do verdadeiro e do justo”. Sobre a chamada moral sexual, o Papa reafirma o caráter “profético” da encíclica «Humanae Vitae», de Paulo VI, sobre a regulação da natalidade (1968). Apesar de reconhecer que as perspectivas deste documento “continuam válidas”, Bento XVI não esconde a dificuldade de “encontrar estradas humanamente percorríveis”, admitindo que neste campo “muitas coisas devem ser repensadas e expressas de um modo novo”.

22 de novembro de 2010

Livro-entrevista com Bento XVI (2)

Amanhã será lançado o livro “Luz do mundo”, que recolhe conversas de Bento XVI com o jornalista alemão Peter Seewald. Os meios de comunicação, no mundo inteiro, comentam isso, transmitindo muitas vezes opiniões fora do contexto. Como escrevi ontem (leia), é preciso esperar um pouco, ler o texto inteiro e depois, de fato, fazer os comentários adequados. Como o tema de preservativo ocupa a maior parte dos comentários sensacionalistas, trago aqui o trecho do livro sobre este assunto. A Agência Zenit (aqui) cita alguns fragmentos um pouco maiores (e não apenas frases tiradas - ou privadas - do contexto).

Concentrar-se só no preservativo quer dizer banalizar a sexualidade e esta banalização representa precisamente o motivo pelo qual muitas pessoas já não veem na sexualidade a expressão de seu amor, mas só uma espécie de droga, que se fornecem por sua conta. Por este motivo, também a luta contra a banalização da sexualidade forma parte do grande esforço para que a sexualidade seja valorizada positivamente e possa exercer seu efeito positivo no ser humano em sua totalidade. Pode haver casos justificados singulares, por exemplo, quando um prostituto utiliza um preservativo, e este pode ser o primeiro passo para uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência sobre o fato de que nem tudo está permitido e de que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, este não é o verdadeiro modo para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade.

21 de novembro de 2010

Livro-entrevista com Bento XVI (1)

Várias agências de notícias antecipam o lançamento de um novo livro (em forma de entrevista) que leva o nome do Papa Bento XVI como o autor principal. Leia a matéria no portal "Agência Ecclesia" aqui. O livro “Luz do mundo. O Papa, a Igreja e os sinais dos tempos” que resulta de uma conversa entre Bento XVI e o jornalista alemão Peter Seewald (realizada nos dias entre 26 e 31 de julho deste ano), será lançado oficialmente no Vaticano (em 19 idiomas) no próximo dia 23 de novembro. Por sua vez, a Rede Globo, no seu portal G1 (aqui), destaca um dos assuntos abordados pelo Papa: o uso de preservativo. O Pontífice admite tal uso "em certos casos", por exemplo em situações de prostituição, como "o primeiro passo para uma moralização", principalmente para diminuir o risco de contaminação pela AIDS (SIDA). Uma outra fonte, a página de Sidney Rezende (aqui), acrescenta: "(o Papa) afirmou que a Igreja não vê o preservativo como uma 'solução real e moral' e que 'quando a intenção é reduzir o risco de infecção' pode ser a abertura 'do caminho a uma sexualidade mais humana'".
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...como sempre no caso de notícias desse tipo, precisamos aguardar o texto original e completo. Sem dúvida, entretanto, estamos diante de um dos "primeiros passos" (nesta delicada questão) do Papa e da Igreja.

19 de novembro de 2010

Igreja - a casa de todos


Vou juntando alguns textos, argumentos, ideias, para confirmar a necessidade de uma PASTORAL PARA HOMOSSEXUAIS. É impressionante, aliás, o quanto o Papa (e a Igreja em geral) fala sobre a unidade, o diálogo, o acolhimento. Basta ler alguns textos sobre o ecumenismo. A busca de unidade entre todos os cristãos deve incluir, na minha opinião, não somente os católicos, ortodoxos, protestantes (etc.), mas, também, os cristãos heterossexuais e homossexuais. Hoje trago aqui um trecho de homilia do Papa Bento XVI, proferida no dia de Pentecostes deste ano (23 de maio de 2010). O texto inteiro está aqui.

A unidade do Espírito manifesta-se na pluralidade da compreensão. A Igreja é por sua natureza una e múltipla, destinada como está a viver em todas as nações, em todos os povos e nos mais diversificados contextos sociais. Ela responde à sua vocação, de ser sinal e instrumento de unidade de todo o gênero humano (...). Sempre e em cada lugar, a Igreja deve ser verdadeiramente católica e universal, a casa de todos, onde cada um se pode encontrar.

No mesmo texto o Papa diz ainda:

(...) quando uma pessoa, ou uma comunidade, se fecha no seu próprio modo de pensar e de agir, é sinal que se afastou do Espírito Santo.

18 de novembro de 2010

a praga


A homofobia é o sintoma de mente pequena e doente. Não seria tão preocupante (pois não faltam tipos e formas de doenças mentais, com seus respectivos tratamentos médicos), se não fosse perigosa. A homofobia mata... ou tenta matar. Ainda bem que, em alguns casos, a lei entra em vigor. De acordo com o noticiário de hoje (G1 - leia a matéria), foi indiciado pela tentativa de homicídio o militar que atirou num estudante de 19 anos, após a Parada de Orgulho Gay, no último domingo (14 de novembro, Rio de Janeiro). O que chama atenção e entristece, são as palavras com as quais o militar expressou a motivação de sua atitude: “ ser gay é uma vergonha para a família ”. Certamente a frase correta seria esta: "A homofobia é uma vergonha da humanidade".

17 de novembro de 2010

Romances homossexuais

O espaço virtual apresenta uma enorme riqueza de conteúdos. Descobri e recomendo hoje o blog Romances Homossexuais da Lenice Lhortenn (Lady Len). Além de vários "e-books" ("Sou homem e amo outro homem", "Meu filho(a) é homossexual", "Memórias de um ferreiro", entre outros), você encontra ali os manuais: "Como diagramar seu livro", "Transforme sua Tese em um livro", "Manual da nova ortografia" e outros.

15 de novembro de 2010

Latter days - um filme místico


Acabei de assistir o filme "Latter days", disponível em vários sites, entre eles: Gay Load - Filmes com temática gay. (O link do filme: aqui). Faz muito tempo em que não me emocionei tanto. O filme, tratando de um assunto delicado: identidade gay e religião, consegue não somente emocionar, mas leva à compreensão do próprio conflito entre essas duas realidades. De fato, este conflito não tem "a religião" como um dos adversários, mas sim, algumas (certamente muitas) pessoas mesquinhas e soberbas que usurpam para si a suposta autoridade religiosa. Como, entretanto, não são essas pessoas, mas o próprio Deus, o autor e o "dono" da religião, Ele mesmo se revela através de pessoas e de sinais. Estes que costumamos chamar de coincidências. O filme é magnífico, mistico e realmente religioso. É uma obra de arte que vale à pena ter, assistir, meditar e, principalmente, viver.

14 de novembro de 2010

Parada GAY - Rio 2010

Já era de se esperar: há enorme diferença entre as notícias sobre a Parada Gay, realizada hoje (14/11/2010) no Rio de Janeiro. O portal da Rede Globo (G1) fala de aproximadamente 250 mil participantes, enquanto o Grupo Arco-íris, organizdor da Parada, menciona (aqui) o número de 1 milhão e 200 mil. Diferenças à parte, o que importa é o fato que o evento aconteceu, apesar de chuva e frio. Esta foi 15ª Parada do Orgulho LGBT realizada no Rio de Janeiro. Cito aqui trechos de notícias:

Grupo Arco-íris: Nem o tempo fechado desanimou gays, lésbicas, travestis, transexuais, bissexuais, drags e simpatizantes em Copacabana. Cerca de 1,2 milhão de pessoas lotaram o cartão postal mais famoso da cidade durante a 15ª Parada do Orgulho LGBT-Rio. Tendo o Orgulho como tema, militantes e autoridades iniciaram a abertura do 3º maior evento do Rio. Julio Moreira, presidente do Grupo Arco-Íris (ONG responsável pela organização da Parada), destacou que “a homofobia é uma doença social que precisa ser sanada. Ela está intimamente interligada com o machismo, o sexismo, o racismo e outras formas de discriminação”.


Rede Globo (G1): Apesar da expectativa de 1,2 milhão de pessoas, 250 mil ocuparam a orla de Copacabana, na Zona Sul do Rio, para a 15ª Parada do Orgulho Gay, neste domingo (14). A informação é da Polícia Militar. A chuva, ainda segundo a PM, pode ter afastado o público — os primeiros os trios elétricos começaram o desfile por voltar das 16h ao som do hino nacional. (...) De acordo com o representante do Grupo Arco Íris, Marco Aurélio Paes, o evento tem um caráter político. “As pessoas vêm para se divertir, mas sabem da importância da presença delas para que os gays conquistem cada vez mais os seus direitos”, explicou Paes.

13 de novembro de 2010

Leitura da Bíblia

Escrevi, há pouco tempo, uma reflexão inspirada na parábola de Jesus sobre a figueira plantada numa vinha (Lc 13, 1-9). Leia esta reflexão aqui. Tentei definir o método de leitura bíblica que tenho aplicado com frequência, mas senti uma falta de palavras adequadas. Falei de uma "leitura existencial", pensei, também, de chamá-la de "existencialista". Queria descobrir se é legítima uma leitura bíblica "a partir da vida"...

Ontem comecei a ler o novo documento do Papa Bento XVI. Trata-se de "Exortação Apostólica Verbum Domini" sobre a Palavra de Deus na vida e na missão da Igreja (leia na íntegra aqui). O texto com a data de 30 de setembro de 2010, é fruto do Sínodo dos Bispos, realizado em 2008. As palavras do Papa, logo na introdução, parecem confirmar aquela ideia que tive sobre a "leitura existencial" da Bíblia:


Na Igreja há um Pentecostes também hoje, ou seja, que ela fala em muitas línguas; e isto não só no sentido externo de estarem nela representadas todas as grandes línguas do mundo mas também, e mais profundamente, no sentido de que nela estão presentes os variados modos da experiência de Deus e do mundo, a riqueza das culturas, e só assim se manifesta a vastidão da existência humana e, a partir dela, a vastidão da Palavra de Deus. (n. 4).

Só posso dizer: Louvado seja Deus!

12 de novembro de 2010

Bento XVI sobre Zaqueu

No último dia 31 de outubro, durante a tradicional oração do "Angelus", o Papa Bento VXI comentou, em breves palavras, o Evangelho daquele domingo (Lc 19, 1-10). "Jesus entrou em Jericó (...). Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu (...). Ele procurava ver quem era Jesus, mas não conseguia por causa da multidão, porque era de baixa estatura. Ele correu adiante, subiu a um sicômoro para o ver, quando ele passasse ali. Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe 'Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa'. Ele desceu a toda a pressa e recebeu-o alegremente. Vendo isso, todos murmuravam (...)".

Bento XVI, entre outras coisas (o texto completo está aqui), disse:

"Deus não exclui ninguém, nem pobres nem ricos. Deus não se deixa condicionar pelos nossos preconceitos humanos, mas vê em cada um de nós uma alma para salvar e é atraído especialmente por aquelas que são julgadas perdidas e se consideram elas mesmas tais. (...) Queridos amigos, Zaqueu acolheu Jesus e converteu-se porque Jesus o acolheu antes! Não o condenou, mas foi ao encontro do seu desejo de salvação. Peçamos à Virgem Maria, modelo perfeito de comunhão com Jesus, para que também nós possamos experimentar a alegria de ser visitados pelo Filho de Deus, de ser renovados pelo seu amor, e transmitir aos outros a sua misericórdia."

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Fotografia: http://www.flickr.com/photos/justinbess/2529902178/

11 de novembro de 2010

Anselm Grün - "Lutar e amar" (3)

Mais um trecho do livro de Anselm Grüm sobre masculinidade à luz da Bíblia. Outros fragmentos e alguns comentários encontram-se aqui (1) e aqui (2).


Davi não era somente amante, mas também amigo. A amizade com Jônatas (alguns tradutores preferem "Jonatan"), o filho de Saul, seu pior inimigo, é descrita na Bíblia com palavras comoventes. Homens homossexuais vêem nessa amizade entre os dois guerreiros um modelo do que eles sentem um pelo outro. Isso não significa que Davi ou Jônatas fossem homossexuais. A Bíblia não diz nada a esse respeito. Mas os sentimentos que ambos percebiam em si tinham ao menos uma nuance homossexual. Não um companheirismo entre dois guerreiros, mas uma amizade profunda e emocional. Portanto, como rei, Davi é tudo: guerreiro, amante, amigo, poeta e cantor. (...) Davi é festejado como um herói, o que causa ciúmes em Saul. Então, ele procura matá-lo. Davi trava amizade com Jônatas, filho de Saul. “Jônatas se apegou a Davi e começou a amá-lo tanto quanto a si” (1Sm 18, 1). Ele fica do lado de seu amigo quando seu pai o ameaça. Davi está fugindo de Saul. Por duas vezes, Davi poderia ter matado Saul; ele, porém, sempre poupa seu inimigo. Por fim, Saul e Jônatas caem na batalha contra os filisteus. Davi entoa um comovente canto fúnebre. Ele lamente a morte de seu inimigo Saul: “Filhas de Israel, chorai sobre Saul, que vos cobria de púrpura e de enfeites e com jóias de ouro ornava vossas vestidos” (2Sm 1, 24). Davi encontra palavras maravilhosas para sua amizade com Jônatas: “Quanta pena sinto por ti, Jônatas, meu irmão! Eu te amava tanto! Tua amizade era para mim maravilhosa, mais bela que o amor das mulheres” (2Sm 1, 26). Davi não é o guerreiro duro. Ele luta pela vida, é capaz de amizade. Sua amizade com Jônatas mostra quanto sentimento e quanto amor há nele. Seu amor não se dirige somente às suas duas mulheres Abigail e Aquinoam, e à sua amante, Betsabéia, mas também ao homem Jônatas. Sua amizade para com ele poderia ser vista como um modelo para uma relação masculina. Homossexuais sentem-se profundamente comovidos com a canção da amizade que Davi canta por Jônatas, mas homens e mulheres heterossexuais também compreendem-na.

(Anselm Grün; “Lutar e amar; Como os homens encontram a si mesmos”, p. 79 e 80-81; Edições Loyola, São Paulo 2006).

8 de novembro de 2010

Anselm Grün - "Lutar e amar" (2)

Continuo a (re)leitura do livro de Anselm Grün "Lutar e amar - Como os homens encontram a si mesmos" (veja a primeira reflexão). Digo logo: não é um livro sobre a homossexualidade, mas sobre a masculinidade. O autor, entretanto, não foge de assuntos delicados e polêmicos. É honesto e corajoso. Fala, por exemplo, sobre a afetividade do homem. Voltada, inclusive, ao outro homem.

O discípulo preferido (João) tem um papel importante na Paixão e na Ressurreição de Jesus. Na última Ceia está escrito a seu respeito: “Um dos discípulos, aquele que Jesus amava, achava-se ao lado dele”. (Jo 13, 23). Jesus havia dito que alguém o trairia. Isso deixa seus discípulos desorientados. Por isso Pedro acena ao discípulo preferido: “’Pergunta de quem fala’; o discípulo então se inclinou sobre o peito de Jesus e lhe disse: ‘Senhor, quem é?’” (Jo 13, 24-25). Essa cena chamada “o amor de João”, inspirou muitos artistas medievais. João é representado quando repousa a cabeça no peito de Jesus, ou quando deita sua cabeça no colo de Jesus. É uma imagem de um profundo amor entre os dois, uma imagem de íntima amizade entre dois homens. Um deles repousa no outro. Muitas vezes Jesus colocou sua mão ternamente sobre a cabeça de João. Para homens, sempre é difícil mostrar seus sentimentos. A imagem do “amor de João” encorajou muitos a expressar seus sentimentos de amizade e a defendê-los. Na Idade Média, o “amor de João” foi um tema de mística. Hoje, essas imagens podem encorajar os homens a aceitar com gratidão seu amor por outro homem e a experimentá-lo como um lugar em que o amor de Deus os toca.

(Anselm Grün; “Lutar e amar; Como os homens encontram a si mesmos”, p. 148-149; Edições Loyola, São Paulo 2006)

7 de novembro de 2010

O caminho é este???

De acordo com algumas agências de notícias "Ao menos cem ativistas gays e lésbicas se beijaram na passagem do papamóvel de Bento XVI pela praça da Catedral de Barcelona, quando o religioso seguia para o templo da Sagrada Família neste domingo na visita à Espanha." (G1, Brasil - é da Rede Globo - não confunda com Gay1). Há uns dias, encontrei na internet, as informações sobre os preparativos para este "ato público". Destaco:
>> Cerca de 500 casais gays planejam beijar-se em frente à catedral de Barcelona, na Espanha, durante a visita do papa Bento 16 ao país no próximo domingo.
>> A manifestação, que segue o modelo flashmob (ação coletiva que dura pouco e se dispersa rapidamente) foi organizada por meio de um
blog e uma página no site Facebook que defendem os direitos dos homossexuais.
>> Segundo Joan Pérez, um dos organizadores, o evento não é especificamente contra o papa. “O beijo coletivo é uma forma de manifestar nosso desacordo com a maneira como a Igreja concebe as relações entre as pessoas”.
>> A convocação também foi estendida a heterossexuais. No entanto, o comunicado esclarece que todos devem beijar alguém do mesmo sexo.
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Casal gay se beija durante passagem do papamóvel em Barcelona, neste domingo (07/11/2010) (Foto: Josep Lago / AFP) [Fonte: G1] __________________________________________________

RESULTADO:

>> Ao menos cem ativistas gays e lésbicas se beijaram (e não 500 casais = 1000 pessoas)
>> Os gays e lésbicas gritaram em coro palavras ao papa, chamando-o de "pederasta" e frases como a "Igreja que ilumina é a que arde"
>> Em contrapartida, jovens cristãos saíram em defesa, dizendo "aqui está a juventude do papa"

CONCLUSÃO (minha):

Tenho minhas dúvidas em relação a manifestações como esta. Concordo (neste caso específico) com a opinião de D. Eugenio Sales, Cardeal Arcebispo Emérito do Rio de Janeiro (citado aqui recentemente):

"Toda a campanha em favor do homossexualismo, bem estruturada e muito difundida, não ajuda a resolver os males resultantes. Pelo contrário, agrava-os."

Sem dúvida, muitas campanhas são corretas e úteis, especialmente as "bem estruturadas e muito difundidas", mas, neste caso, dou razão ao Dom Eugenio. Em outras palavras: em vez de promover as manifestações que se resumem e reduzem à troca de ofensas, por que não sentar a uma mesa? O diálogo é muito mais eficaz, ainda que seja lento e doloroso...

6 de novembro de 2010

Deus viu que era bom... e belo

Adorar o Criador consiste, também, em contemplar a beleza de suas obras. Proponho, nesta madrugada de domingo, o dia do Senhor, este exercício de contemplação. Sem ironia, com toda sinceridade, repito aqui as palavras do Salmo 139(138), 13-14:
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Foste Tu que criaste minhas entranhas
e me teceste no seio de minha mãe.
Eu Te louvo porque me fizeste maravilhoso;
são admiráveis as Tuas obras;
Tu me conheces por inteiro.
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Lembrei deste Salmo e louvei o Senhor, admirando a beleza masculina, documentada em centenas de fotografias, exibidas pelo portal DeviantArt, pelo Andrei ("*vishstudio") - endereço AQUI. O portal todo merece atenção. É ótimo. Espetacular! "
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(Espero que o fato de citar a fonte e fazer a referência ao autor/proprietário das obras, fica resolvida a questão dos direitos autorais. Caso não fique resolvida, alguém me informe, por favor!)
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Como incentivo trago aqui duas fotografias que, aliás, podem perfeitamente servir como o "pano de fundo" na tela (no ecrã) de seu computador. Tomei a liberdade de "inverter horizontalmente" a segunda foto. Pareceu-me melhor, para encaixá-la na tela.

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5 de novembro de 2010

Dom Eugenio - 90 anos

Amanhã na Catedral Metropolitana do Rio de Janeiro será celebrada a Missa solene em ação de graças pelo 90° Aniversário natalício de Dom Eugenio de Araújo Sales, Cardeal Arcebispo Emêrito desta cidade. Há muito de se dizer sobre esta figura, mas não cabe isso a mim (vários autores competentes abordam esse assunto com mais propriedade). Trago aqui - de acordo com o propósito deste blog - alguns trachos de um artigo que D. Eugenio escreveu sobre a homossexualidade. Não é surpresa que o Cardeal repete os principais pontos doutrinais da Igreja - como ele mesmo diz: "Este é o ensinamento da Igreja, em nome de Cristo, transmitido a seus fiéis e às pessoas de boa vontade."
Não pretendo, neste momento, citar as afirmações dogmáticas da Igreja às quais se refere D. Eugenio. Transcrevo, entretanto, algumas frazes de seu texto (leia na íntegra aqui).
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"Diante de manifestações favoráveis ao homossexualismo, parece-me oportuna uma abordagem do assunto, tranqüila e serena, dirigida aos católicos à luz dos ensinamentos da Igreja nessa matéria. Esse tema, por vezes, provoca reações apaixonadas. Prevalece, no entanto, o dever de proclamar a verdade!"
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"Devemos distinguir entre tendência e atos homossexuais. A simples inclinação não leva necessariamente à ação, pois não se pode ignorar a liberdade humana. Esta confere à pessoa a capacidade de resistir. Jamais faltará a graça de Deus a quem a busca."
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"Toda a campanha em favor do homossexualismo, bem estruturada e muito difundida, não ajuda a resolver os males resultantes. Pelo contrário, agrava-os. Os sofrimentos decorrentes de atitudes anti-cristãs, infelizmente ainda existentes, em alguns ambientes, por vezes tornam-se mais acentuados. Propor solução não correta pode criar outros problemas. Por exemplo: elevar a união de homossexuais ao nível do matrimônio, a adoção de crianças... Nós, cristãos, devemos combater a discriminação promovendo a dignidade da pessoa humana, amada por Deus."
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Enfim...
Parabéns ao Dom Eugenio pelo seu aniversário.

4 de novembro de 2010

Anselm Grün - "Lutar e amar" (1)

Pois bem... Fiquei alguns dias sem acesso à internet, o que me permitiu perceber o grau de minha "dependência" deste meio de comunicação (fiquei irritado, sim senhor!), mas, ao mesmo tempo, "ganhei" algumas horas-extras para voltar a uma paixão mais antiga que internet: OS LIVROS. De fato são as "releituras", entre algumas novas descobertas. Hoje decidi partilhar aqui alguns pensamentos de Anselm Grün.

Quem é Anselm Grün? É um monge beneditino (nascido em 1945), doutor em psicologia, conhecido e reconhecido no mundo inteiro. O autor cristão (católico) mais lido da atualidade já possui dezenas de livros publicados em 28 línguas, além de ser também o administrador da Abadia, em Münsterschwarzach, na Alemanha, sua cidade natal. Procurado frequentemente como palestrante e conselheiro em vários países, tornou-se ícone da espiritualidade e mestre do autoconhecimento no mundo contemporâneo.


Entre alguns livros de Grün (re)encontrei na minha prateleira o "Lutar e amar - Como os homens encontram a si mesmos" (Edições Loyola, São Paulo 2006). O autor procura mostrar a essência de masculinidade, analizando 18 figuras bíblicas, a partir de Adão. Um trecho chamou especialmente a minha atenção:


Neste livro, quando escrevo sobre homens, sempre tenho em mente tanto homens heterossexuais como homossexuais. E sei que muitos homens homossexuais sentem-se feridos pela Igreja. Eles ouviram vezes demais que a homossexualidade seria antinatural. Porém, tais juízos são falsos. Homossexualidade pode ter sua origem em diversas causas: na educação, em forte ligação materna, em experiências sexuais, mas também no código genético. Por fim, nunca é possível dizer por que um homem ou uma mulher é homossexual. Mas é decisivo que o homossexual faça pazes com sua predisposição e faça o melhor disso – o que também significa viver sua homossexualidade com dignidade humana. (p. 21).


Na mesma página, um pouco antes do trecho citado acima, Anselm Grün afirma o seguinte:


É importante para o homem confrontar-se com sua identidade sexual. Ele precisa saber se é heterossexual ou homossexual. Às vezes, as fronteiras não são claras. Alguns homens são bissexuais. Tomar consciência de sua identidade sexual é uma condição decisiva para se aceitar como homem. Aqui também é importante deixar de lado qualquer juízo de valor. Todo homem – homossexual ou heterossexual – tem suas qualidades e forças e também suas fragilidades. Nos últimos anos, homens homossexuais colocaram-se em busca da própria masculinidade mais intensamente do que heterossexuais. Em vez de se desculpar por sua homossexualidade – como ainda é normal acontecer em alguns círculos sociais -, eles se alegram com o seu ser homem. Eles têm consciência de seu corpo e expressam a si mesmos e à sua essência em seu corpo. Frequentemente, eles têm uma sensibilidade estética forte e acentuada e grande abertura para a espiritualidade.