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Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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6 de setembro de 2013

A cúpula do G20 + G

David Cameron, Primeiro Ministro britânico [twitter]: "Às 02 h. da madrugada encontro com o presidente Putin. Uma conversa franca sobre a Síria. Expressei também a preocupação com os direitos dos gays" [tradução livre].
 
Um exemplo de que é possível conversar sobre os assuntos de "menor importância", em meio de um encontro que aborda os assuntos tão urgentes como e eminente guerra na Síria e a crise econômica mundial. Um tapa na cara daqueles que se irritam com as reivindicações das minorias, alegando a existência de "temas mais importantes".

Como lembra o portal Gay1, o presidente russo Vladimir Putin proibiu qualquer reunião ou manifestação durante os Jogos Olímpicos de Inverno de Sóchi (alguns autores preferem Sôtchi), que devem acontecer entre os dias 7 e 23 de fevereiro de 2014, às margens do Mar Negro, segundo um decreto de 19 de agosto e publicado no jornal oficial do governo, "Rossiiskaia Gazeta" (Российская газета), no dia 23 de agosto. A proibição foi determinada em momento delicado para Rússia, que é alvo de críticas e protestos contra a recém-aprovada lei contra a 'propaganda' que promova os direitos LGBT no país.
 
Enquanto isso, a "Gazeta Russa" publica uma notícia de teor oposto: Representantes das autoridades russas confirmaram que está sendo considerada a possibilidade de suspender a lei contra a propaganda gay durante o período dos Jogos Olímpicos de Sôtchi. Governantes garantiram ao Comitê Olímpico Internacional (COI) que a lei não afetará os convidados nem os participantes do evento.
Ao mesmo tempo afirma: Quando aplicada a cidadãos estrangeiros residentes na Rússia, a lei prevê a pena complementar de expulsão do país. Não há muito tempo, um grupo de documentaristas holandeses que estavam produzindo um filme sobre a comunidade LGBT em Murmansk foi detido sob suspeita de “propaganda de relações sexuais não tradicionais” dirigida a menores. Os cineastas ficarão proibidos de entrar no país por três anos.
 
 
De acordo com o portal Christian Post (e outras fontes), o deputado Alexander Mikhailov, vice-presidente da Assembleia Legislativa do Transbaikal (uma região da Rússia oriental, próxima à fronteira com a China e a Mongólia), Alexandre Mikhailov, propôs em junho, uma lei polêmica para legalizar o açoitamento público de homossexuais. Segundo Mikhailov, a intenção é incentivar o senso comum das pessoas sobre essa “vergonha”, referindo-se às relações homossexuais. Em entrevista ao portal Chita.ru, o deputado afirmou que "o Transbaikal precisa de uma lei que permita que as tropas peguem os gays na rua e os arrastem para a praça da cidade, onde lá seriam chicoteados pelos cossacos". Em 11 de junho, a legislação russa aprovou uma medida que proíbe a propaganda gay. O descumprimento da lei pode resultar em uma multa de até 5 mil rublos ou cerca de R$ 340 para pessoas físicas, 50 mil rublos (R$ 3,4 mil) para pessoas públicas. Para entidades jurídicas o valor é de 1 milhão de rublos ou R$ 67,8 mil. Recentemente também, a Rússia legalizou a proibição de marchas de orgulho gay pelos próximos 100 anos.
 
Na Rússia, a homossexualidade foi considerada crime até 1993 e uma doença mental até 1999 (informação do portal sapo.pt),
 
O portal de notícias "terra" informa que o presidente americano, Barack Obama, vai se reunir nesta sexta-feira com defensores dos direitos dos gays na Rússia. Igor Kotchetkov, diretor da associação LGBT Network, indicou que participará do encontro, previsto para a noite de sexta-feira, após o encerramento da cúpula do G20. A associação Coming Out também estará representada pela presidente Anna Anissimova.
“Partilhamos a crença na dignidade e na igualdade de todos os homens. Que os nossos irmãos e irmãs homossexuais devem ser tratados de forma igual perante a lei”, afirmou Obama, durante uma conferência de imprensa em Estocolmo, na Suécia, na véspera de sua viagem a São Petrsburgo na Rússia.
 
Neste contexto vale a pena ler a carta do Papa Francisco, enviada ao presidente Putin. Entre outras coisas, o Santo Padre diz: "A economia mundial poderá se desenvolver realmente, na medida em que for capaz de permitir uma vida digna a todos os seres humanos, desde os idosos às crianças ainda no ventre materno, não somente aos cidadãos dos países membros do G20, mas a todos os habitantes da terra, mesmo aqueles que estão nas situações sociais mais difíceis ou nos lugares mais remotos. (...) Além disso, é um dever moral de todos os governos do mundo encorajar qualquer iniciativa para promover a assistência humanitária aos que sofrem por causa do conflito dentro e fora do país".

 

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