O Papa Bento XVI dedicou a sua catequese de hoje ao profeta Elias (leia na íntegra aqui). Já é o sexto discurso nessa série de catequeses sobre a oração, proferidas pelo Papa no Vaticano às quartas-feiras. Ao concluir o resumo da história bíblica sobre Elias, Bento XVI disse: Os Padres dizem-nos que também essa história de um profeta é profética, está – dizem – à sombra do futuro, do futuro Cristo; é um passo no caminho rumo a Cristo. E dizem-nos que aqui vemos o verdadeiro fogo de Deus: o amor que guia o Senhor até a cruz, até o dom total de si. A verdadeira adoração de Deus, portanto, é dar a si mesmo a Deus e aos homens, a verdadeira adoração é o amor. E a verdadeira adoração a Deus não destrói, mas renova, transforma. Certamente, o fogo de Deus, o fogo do amor queima, transforma, purifica, mas mesmo assim não destrói, mas sim cria a verdade do nosso ser, recria o nosso coração. E, assim, realmente vivos pela graça do fogo do Espírito Santo, do amor de Deus, somos adoradores em espírito e em verdade.
Em nossa realidade de pessoas homossexuais, muitas vezes ouvimos - e acabamos acreditando - que amar (de um determinado jeito) é errado, portanto, proibido. Entretanto, amamos de maneira que nos foi dada pelo Criador. Como disse o Papa, o amor cria a verdade do nosso ser. Quanto mais nos damos conta do nosso amor, descobrimos melhor quem somos. É interessante, também, olhar ao amor do ponto de vista proposto pelo Papa. A verdadeira adoração é o amor. Será um equívoco dizer: o amor é a verdadeira adoração?
Bento XVI falou sobre o significado da palavra "adoração" aos jovens reunidos na Esplanada de Marienfeld em Colônia, durante XX Jornada Mundial da Juventude (2005): A palavra grega ressoa proskynesis. Ela significa o gesto da submissão, o reconhecimento de Deus como a nossa verdadeira medida, cuja norma aceitamos seguir. Significa que liberdade não quer dizer gozar a vida, considerar-se absolutamente autônomos, mas orientar-se segundo a medida da verdade e do bem, para, desta forma, nos tornarmos nós próprios verdadeiros e bons. Este gesto é necessário, mesmo se a nossa ambição de liberdade num primeiro momento resiste a esta perspectiva. Fazê-la completamente nossa só será possível na segunda passagem que a Última Ceia nos apresenta. A palavra latina para adoração é ad-oratio - contato boca a boca, beijo, abraço e, por conseguinte, fundamentalmente amor. A submissão torna-se união, porque Aquele ao qual nos submetemos é Amor. Assim, submissão adquire um sentido, porque não nos impõe coisas alheias, mas liberta-nos em função da verdade mais íntima do nosso ser. (Leia a homilia do Papa aqui).
Quando você estiver experimentando o amor e, por exemplo, beijando a boca da pessoa amada, não-se esqueça que está adorando a Deus.
entregue sua vida ao senhor jesus,ele te ama.
ResponderExcluirAmado Anônimo! Obrigado pela visita e pelo comentário! Entreguei a minha vida ao Senhor Jesus há muitos anos e procuro renovar esta entrega todos os dias da minha vida. E Você, já fez isso? Não é verdade que, quando a gente faz isso, Jesus nos dá uma vida nova, ilumina a nossa mente e capacita para amarmos os irmãos? Acontece, também, uma poderosa libertação de todo tipo de preconceito. E, confesso, as palavras do Papa Bento XVI, Vigário de Cristo na terra, me ajudam a compreender cada vez melhor o meu lugar nos planos de Deus. Pode ter certeza: eu sei que Jesus me ama, mesmo que eu seja católico e homossexual.
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