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Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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13 de junho de 2011

Namoro é Pentecostes



Não sei se você costuma assistir o seriado "CSI-Las Vegas/Nova York/Miami" na Rede Record. Há uma cena que se repete em quase todos os capítulos. O perito insere no sofisticado sistema de identificação os vestígios de impressões digitais coletados na cena do crime. Você já sabe o resultado. Quando a impressão encontrada naquele local corresponde aos dados armazenados no sistema, acende-se uma luz e o sinal sonoro é acionado.

Por que estou falando nisso? Nós também temos um sistema parecido e ainda mais sofisticado. É quando encontramos aquela pessoa única que dará o novo sentido à nossa vida. Justamente, como na tela do computador de um investigador forense, passam diante dos nossos olhos milhares de rostos e siluetas, mas o sistema só apita e acende aquela luz verde, quando encontramos a pessoa certa. Sem dúvida, é um mistério que não acontece sem que o próprio Deus tenha metido o seu dedo ali. Costuma-se chamar isso de química ou, mais popularmente, de um "clima que pinta". Mas não é um clima qualquer e, quando pinta, é algo totalmente diferente. A sensação que a gente tem é como se conhecesse aquela pessoa há séculos, quem sabe, numa outra encarnação (caso a reencarnação existisse). Surgem fenômenos de comunicação ultra-sensorial, algum tipo de telepatia ou, pelo menos, a compreensão instantânea em um só olhar, sorriso ou gesto. Nasce o amor. Começa o namoro.

Veja agora o Cenáculo de Pentecostes. De repente, veio do céu um barulho como se fosse uma forte ventania, que encheu a casa onde eles se encontravam. Então apareceram línguas como de fogo que se repartiram e pousaram sobre cada um deles. Todos ficaram cheios do Espírito Santo e começaram a falar em outras línguas, conforme o Espírito os inspirava. (At 2, 2-4) Deus também gosta de usar os sinais sonoros e a luz que se acende no momento certo. Maria, os Apóstolos e os demais discípulos foram identificados e alcançados pelo amor de Deus em Pessoa, o Espírito Santo. Cheios deste amor, saíram, corajosos e proclamaram em todas as línguas, o fim da solidão do mundo. Deus começou a namorar a humanidade de um jeito novo.

Por isso acho que a coincidência, neste ano, de Pentecostes com o Dia dos Namorados, não é coincidência.

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