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Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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7 de junho de 2011

Andrej Pejic

Na ocasião 19ª edição do Fashion Rio (de 30/05 a 04/06 deste ano) os noticiários destacaram a presença de Rick Genest, o Zombie Boy e Andrej Pejic que desfilaram sob a marca da grife carioca Ausländer, pertencente ao grupo Animale-Farm. Andrej Pejic, sérvio de origem (alguns dizem bósnio, mas deve ser devido à confusão com antiga Iugoslávia), mora na Austrália e é o modelo andrógino. Esta última informação despertou a minha curiosidade e fui procurar alguns esclarecimentos na Wikipedia (aqui).

Androginia refere-se a dois conceitos: a mistura de características femininas e masculinas em um único ser, ou uma forma de descrever algo que não é nem masculino nem feminino. Pessoa que se sente com uma combinação de características culturais quer masculinas (andro) quer femininas (gyne). Isto quer dizer que uma pessoa andrógina identifica-se e define-se como tendo níveis variáveis de sentimentos e traços comportamentais que são quer masculinos quer femininos.

O andrógino é aquele(a) que tem características físicas e, em aditivo, as comportamentais de ambos os sexos. Assim sendo, torna-se difícil definir a que gênero pertence uma pessoa andrógina apenas por sua aparência. Realmente! Basta olhar a compilação das fotos em cima que mostra Andrej em várias “edições”.

Wikipedia continua: Andróginos que prezam por sua androginia normente utilizam de adereços femininos, no caso de homens, ou masculinos, no caso de mulheres, para ressaltar a dualidade. Dado isso, tende-se a pressupor que os andróginos sejam invariavelmente homossexuais ou bissexuais, o que não é verdade, uma vez que a androginia ou é um caráter do comportamento e da aparência individual de uma pessoa ou mesmo sua condição sexual psicológica, nada tendo a ver com a orientação sexual (ou identificação sexual), ou seja a atração erótica por determinado parceiro. Desse modo, pessoas andróginas podem se identificar como homossexuais, heterossexuais, bissexuais, assexuais, ou, ainda, pansexuais.

Na psicologia, androginia é uma disforia de gênero rara que é responsável por uma condição psíquica em que o indivíduo se identifica como não sendo nem homem nem mulher, mas como uma pessoa de sexo mentalmente híbrido, o que se reflete em seu comportamento. (...) A Organização Mundial da Saúde calcula que haja em torno de seiscentos mil verdadeiros andróginos no mundo atualmente. Os Andróginos possuem por natureza aptidão artística e criatividade o que podemos verificar principalmente no meio musical. Além disso os portadores desse caráter psíquico/comportamental expressam valores de Q.I. elevados e uma percepção mais ampla dos relacionamentos humanos uma vez que analisam seu meio de convívio de vários pontos de vista diferentes.

O que chamou minha atenção são as declarações importantes, feitas pelo Andrej, numa entrevista publicada pelo msn (aqui):



Como era ser andrógino antes de fazer parte da turminha da moda?
Me deixa feliz ser assim. Eu sempre precisei ser do jeito que eu sou agora, me sentir confortável na minha própria pele. Acho que sou abençoado, que me deram algo que me possibilita parecer com isso.
Então o que mudou é que agora você ganha dinheiro com isso?
Exato [risos]!
Já foi um problema?
Cresci em Melbourne, na Austrália, e sempre há partes mais conservadoras dentro de uma sociedade. Estudei num colégio bom, mas não morava na melhor área. Apesar disso, não me lembro de nada ter sido traumático. Com o passar do tempo você ganha mais confiança; eu acho que fiquei mais sociável e fiz mais amigos depois disso.
Por acaso, nós vimos você indo ao banheiro e você entrou no feminino, que estava sem fila. Tira vantagem de ser andrógino também?
Ah, ir ao banheiro feminino é algo que eu faço sempre, porque quando vou ao masculino as pessoas me olham com uma cara de “cai fora”. É que eu não quero ter que explicar o que está acontecendo cada vez que vou fazer xixi [risos]. Sobre tirar vantagem, sim, às vezes – mas eu não abuso. [Pausa] Pensando bem, vou começar…
E quando é ao contrário: você escolhe se parecer mais com um homem pra fazer uma determinada coisa?
Em qualquer outra indústria se você for homem e não se parecer com um homem, não terá emprego. É a realidade. Pode ser uma desvantagem. Mas como eu estou nessa indústria, tudo bem!
(...)
Você tá gostando?
Estou muito feliz. Especialmente que agora está se tornando uma via financeira [risos].
E você tá namorando?
No momento, estou bastante solteiro. Mas eu viajo muito, conheço muita gente. Se acontecer… Me diz quem é que não quer amor?

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