O Papa Bento XVI disse que não há Igreja sem Pentecostes e não há Pentecostes sem a Virgem Maria. (Oração Regina caeli, 23/05/2010, Solenidade de Pentecostes - aqui). E o seu predecessor, Beato João Paulo II, em uma catequese dedicada a Maria e o dom do Espírito (aqui), explica que a partir do momento que na Anunciação o Espírito Santo já havia descido sobre ela, recobrindo-a com a «sua sombra » e dando origem à Encarnação do Verbo. Tendo já feito uma experiência muito singular acerca da eficácia desse dom, a Virgem Santíssima estava na condição de o poder apreciar mais do que qualquer outro (...). Ela, plenamente consciente da importância da promessa de seu Filho aos discípulos (cf. Jo 14, 16), ajudava a comunidade a dispor-se bem para a vinda do «Paráclito». A sua singular experiência, então, enquanto a fazia desejar ardentemente a vinda do Espírito, empenhava-a também em predispor mentes e corações daqueles que estavam ao seu lado. (Audiência geral, 28/05/1997)
Embora muitos seguidores de Cristo tenham ainda certas dificuldades em reconhecer o papel de Maria no plano da salvação, ou seja, localizar o lugar exato ocupado por Ela nesse plano, nós católicos, não nos imaginamos sem a sua presença. Em outra ocasião, o Papa Bento XVI disse: Desde sempre foi claro que a catolicidade não pode existir sem um comportamento mariano, que ser católico quer dizer ser mariano (enquanto o site do Vaticano apresenta alguns problemas, leia a matéria no portal "Gaudium press" - aqui).
Nós, gays católicos, sabemos disso muito bem. Entre vários títulos atribuídos a Maria, especialmente querido para nós deve ser o de “Consoladora dos aflitos”. Isso não quer dizer que nos sintamos “coitados”, mas que, ao reconhecermos a nossa condição que, devido incompreensões, julgamentos e rejeições, provenientes do preconceito acarreta bastante aflições, recorremos à nossa Mãe que, até hoje, também não é compreendida por muitos e rejeitada. Entretanto, Nossa Senhora está no céu, gozando a prometida consolação. Nós buscamos a consolação para sabermos consolar os outros, de acordo com a Palavra de Deus: Bendito seja o Deus e Pai de nosso Senhor Jesus Cristo, o Pai das misericórdias e Deus de toda consolação. Ele nos consola em todas as nossas aflições, para que, com a consolação que nós mesmos recebemos de Deus, possamos consolar os que se acham em toda e qualquer aflição. Pois, à medida que os sofrimentos de Cristo crescem para nós, cresce também a nossa consolação por Cristo. (2Cor 1, 3-5). Não é por acaso que um dos termos, com o qual é traduzido o nome grego do Espírito Santo Paráclito é, justamente, o Consolador. Mas sobre isso vamos refletir numa das próximas postagens.
Leia também sobre a imagem de Nossa Senhora dos Gays - aqui
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