Hoje é o Dia Internacional de combate à Homofobia. A data foi escolhida para lembrar a exclusão da homossexualidade da Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados com a Saúde (CID) da Organização Mundial da Saúde (OMS), em 17 de maio de 1990. O Dia foi oficializado em 1992. Nesta ocasião, muitos veículos de comunicação, fazem uma homensagem ou, ao menos, mencionam o fato. E não se trata apenas de meios de comunicação que representam o "mundo gay". Como exemplo, trago um fragmento do material publicado no blog "Textos de Thereza Pires" (aqui). Thereza Pires apresneta-se assim: Carioca do Rio Comprido, moro no Rio, Graduada em Jornalismo pela UFRJ, Membro da Anistia Internacional [Todos os meus textos estão disponíveis para reprodução parcial ou total, desde que a fonte seja citada]. Thereza dedica um pensamento de ternura:
~ para meu filho, que tem a coragem e a coerência de se expor e pelos seus amigos e amigas gays
~ para Harvey Milk, primeiro politico assumidamente gay, vítima de crime de ódio
~ mais uma vez e sempre, pelos gays enforcados no Irã, pelos mortos por skinheads, ou mortos por gays enrustidos assassinos
~ para Judy Shepard, mãe coragem que tenta superar, com ativismo pela causa da não homofobia, o desespero te ter perdido o filho Matthew Sheppard de forma brutal
~ [aqui quero acrescentar: para Angélica Ivo, mãe de Alexandre Thomé Ivo Rajão e para os demais familiares e parentes deste menino de 14 anos, assassinado por crime de ódio - homofobia - no dia 21/06/10 na cidade de São Gonçalo - RJ (veja o blog: aqui)]
~ Para cada um que já foi vítima de chacota, deboche e escárnio na vida social, escolar ou profissional e pelas famílias que apoiam e compreendem seus meninos e meninas gays, sendo - elas mesmas - muitas vezes repelidas e discriminadas, em geral pelos parentes mais próximos
~ por quem precisa viver "na clandestinidade", mesmo sem desejar e apela para casamentos de mentirinha
~ para os gays soropositivos e os que já desenvolveram a AIDS, mas as famílias, com quem dividem o teto, nem de longe imaginam mesmo qual sua orientação sexual
~ para os excomungados da Igreja Catolica Romana e pelos excluídos nas religiões fundamentalistas
~ para as mães que tentam militar em favor da não homofobia - com boa vontade, é certo - mas não conseguem reinventar a maternidade pois, elas mesmas, são as primeiras a discriminar e não ousam reconhecer isso
~ para travestis e transexuais - que me inspiram especial carinho e que são, às vezes, discriminados pela própria comunidade LGBT.
Agradeço a Theresa pela sua atenção e carinho. O apoio de pessoas reconhecidas na sociedade e não necessariamente ligadas com o nosso ambiente, é muito importante para nós, homossexuais (e outros membros do mundo da diversidade sexual). Assim, mais gente (de mente abera e coração sensivel), terá a oportunidade de perceber que não se trata de uma obsessão ou de usurpação por parte de um pequeno grupo de pessoas, mas que, de fato, a luta é pela dignidade de todos os seres humanos.
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