Li as leituras litúrgicas de hoje e me ocorreu uma reflexão sobre as "soluções de Deus". Acho este tema bastante atual para os dias de hoje. Na primeira leitura (At 6, 1-7) temos a instituição do ministério diaconal. Diante das reclamações dos fiéis de origem grega (os pagãos convertidos e batizados), sobre as negligências em relação às suas viúvas, os Apóstolos pediram que fossem escolhidos homens de boa fama para o serviço de caridade. Assim, os próprios Apóstolos, teriam a possibilidade de se dedicar à pregação da Palavra. Primeira conclusão é essa: a Igreja está em constante movimento, numa evolução que, movida pelo Espírito Santo, permite que a comunidade corresponda às necessidades do momento (ou da época). É importante notar que esta solução não foi, meramente, uma invenção dos Apóstolos que "deram jeito" ao problema. É a manifestação da presença e da ação do Espírito Santo. Embora este texto não faça menção explícita a tal fenômeno, temos provas suficientes de que foi este o modo de agir e de viver da Igreja (confira, nos Atos dos Apóstolos: 1, 15-26; 4, 24-31; 8, 26-40; 10, 1-48; 13, 1-4, etc.). O Senhor é todo-poderoso, podia, portanto, fazer com que desaparecessem os necessitados (ou melhor: as necessidades deles), mas preferiu outra solução, chamada caridade que, por sua vez, tornou-se - como o testemunho de vida - um reforço indispensável para a pregação da Palavra. Jesus que disse: Pobres vós tereis sempre convosco (Mt 26,11), afirmou também: Nisto todos conhecerão que sois meus discípulos, se vos amardes uns aos outros. (Jo 13,35). Esta é a solução de Deus. Tão diferente daquela que nós gostaríamos de ter. Como seria mais fácil, simplesmente, não ter nenhum pobre por perto e não precisar "quebrar cabeça" para ajudá-lo. É uma lição muito importante para nós. Pois os meus pensamentos não são os vossos pensamentos, e vossos caminhos não são os meus — oráculo do Senhor. Pois tanto quanto o céu acima da terra, assim estão os meus caminhos acima dos vossos e meus pensamentos distantes dos vossos. (Is, 55, 8-9) De certa forma, fala sobre isso, também, o Evangelho de hoje (Jo, 6, 16-21). Depois de dar um susto aos discípulos (andando sobre as águas), Jesus acabou frustrando os planos deles: Quiseram, então, recolher Jesus na barca, mas imediatamente a barca chegou à margem para onde estavam indo. (v. 21) Como se Jesus dissesse: não será bem assim como vocês querem. Eu vou fazer do meu jeito. Falando nisso, já faz parte do vocabulário popular (e até, tornou-se um ditado nacional) o tal de "dar um jeito". À nossa autossuficiência (sinal da falta de humildade), Jesus responde: sou eu quem dá o jeito aqui e não vocês.
No contexto deste blog, acho importante especificar: também em questão da salvação dos homossexuais, é Jesus quem vai "dar jeito" e, todas as tentativas de "salvar" ou "curar" os gays (e tantos outros), por quem quer que seja, é mais uma prova da falta de fé, pois, as verdadeiras soluções são de Deus e não dos homens.
No contexto deste blog, acho importante especificar: também em questão da salvação dos homossexuais, é Jesus quem vai "dar jeito" e, todas as tentativas de "salvar" ou "curar" os gays (e tantos outros), por quem quer que seja, é mais uma prova da falta de fé, pois, as verdadeiras soluções são de Deus e não dos homens.
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