ESTE BLOG NÃO POSSUI CONTEÚDO PORNOGRÁFICO

Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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14 de outubro de 2013

동생 사랑해요


Nunca tentei escrever um conto com a temática gay, menos ainda, um conto erótico (embora a erótica em si, esteja presente, já em um simples olhar ou um aperto de mão). Tenho tido, porém, há vários dias, um sonho que - se é que eu consiga raciocinar - está passando na minha mente, sem que eu esteja dormindo. Não sei se a inspiração tenha sido, simplesmente, o fruto de vários filmes que assisti recentemente, ou trata-se de outra fonte (???). O curioso é que eu não estou elaborando as cenas (lugares, personagens e episódios), mas tudo isso vem à minha cabeça pronto e muito detalhado. A coisa, as vezes, está tomando uma dimensão tão intensa que começo a me preocupar com a minha saúde mental. Pode ser, também, o sinal de avanço da minha idade que, como sempre ouvia dizer, em certa altura faz a gente retornar à infância. Não consigo (nem tento) esquecer de longos períodos da época de meus 10-13 anos (apenas suponho essa idade), em que vivia numa espécie de mundos paralelos, em companhia de amigos imaginários, com os quais conversava mais do que com as pessoas reais. Fazíamos passeios fascinantes e sempre tínhamos assuntos para conversar. Depois... cresci e a coisa se dissipou. Até agora...
 
No meu sonho atual, estou vivendo o intenso namoro, com um jovem... coreano (alguém consegue me explicar, de onde veio esse detalhe?). Ele nasceu na Coréia do Sul, embora a sua família tinha conseguido fugir do regime norte-coreano, ainda na época dos avós dele. Com alguns anos de idade, os pais dele mudaram-se para o Brasil, concretamente, para o Rio de Janeiro, onde abriram um restaurante de comida coreana. Ainda não passou na minha cabeça o capítulo que contasse o momento e a maneira de nos conhecermos, mas - muito provavelmente - tenha sido, justamente, naquele restaurante, onde o rapaz já trabalhava, revelando o seu grande talento na cozinha. Há história sobre o  fim de namoro dele com um europeu, talvez alemão, que ajudava, também, no mesmo restaurante. Pelo que consta, eu apareço naquela hora (aqui faltam alguns detalhes). O que está se desenvolvendo é o nosso projeto de casamento (é sério!). Isso inclui a viagem que fazemos juntos, para que ele conheça a minha família. Grandes cenas acontecem na casa da minha mãe que, inclusive, está adorando o seu futuro genro. Embora o meu irmão tenha sido mais lento nessa aceitação, o rapaz torna-se grande amigo das minhas sobrinhas. O próximo passo será a outra viagem, desta vez, à Coréia, mas essa já faz parte da nossa lua de mel, depois do casamento, aqui no Rio. Por enquanto, estamos na casa da minha mãe. Ele arrasa na cozinha, revela um dom de apaziguar os cachorros, quer dormir no chão e tem ótima comunicação com a minha mãe. Os mais impressionantes são os detalhes, gestos, conversas. Não há cenas eróticas (como falei antes). Estamos perdidamente apaixonados e o plano é de abrirmos juntos um outro restaurante. O trabalho paralelo seria de um pequeno centro de cultura coreana, além do escritório de tradução (obviamente, coreano-português e vice-versa). Ele, além de coreano e português, conhece bem o inglês. Enfim, o rapaz é lindo, meigo, inteligente e algo me diz que ainda vou encontra-lo na vida real. Ou é apenas um delírio?

Traduzindo o título:

동생 ( dong-seng ) : Quando um(a) menino(a) chama um(a) menino(a) mais novo(a)
사랑해요 (sarang-heyo) - eu amo você

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