A transfiguração de Jesus, lida e meditada na liturgia deste 2° Domingo da Quaresma (Mt 17, 1-9), ocupa o lugar de destaque na tradição e na espiritualidade da Igreja que celebra também uma festa especial dedicada a este misterioso acontecimento (no dia 06 de agosto). Recentemente, o Papa João Paulo II, chamou ainda mais a atenção do povo à transfiguração do Sengor, ao inseri-la no elenco dos cinco novos mistérios do Rosário (confira a Carta Apostólica Rosarium Virginis Mariae - aqui). Também a sua Exortação Apostólica, dedicada à vida cosagrada (Vita consecrata - aqui), tem a transfiguração como o ponto de partida e o fio condutor de todo o seu conteúdo. O Papa escreve: No Evangelho, são muitas as palavras e gestos de Cristo, que iluminam o sentido desta vocação especial. No entanto, para se abarcar numa visão de conjunto os seus traços essenciais, revela-se particularmente útil fixar o olhar no rosto resplandecente de Cristo, no mistério da Transfiguração. (n. 14) E continua mais adiante: O episódio da Transfiguração assinala um momento decisivo no ministério de Jesus. É um evento de revelação que consolida a fé no coração dos discípulos, prepara-os para o drama da Cruz, e antecipa a glória da ressurreição. É um episódio misterioso revivido incessantemente pela Igreja, povo a caminho do encontro escatológico com o seu Senhor. Como os três apóstolos escolhidos, a Igreja contempla o rosto transfigurado de Cristo, para se confirmar na fé e não correr o risco de soçobrar ao ver o seu rosto desfigurado na Cruz. Em ambos os casos, ela é a Esposa na presença do Esposo, que participa do seu mistério, envolvida pela sua luz. Esta luz atinge todos os seus filhos, todos igualmente chamados a seguir Cristo, repondo n'Ele o sentido último da sua própria vida podendo dizer com o Apóstolo: «Para mim, o viver é Cristo» (Fil 1,21). Mas uma singular experiência dessa luz que dimana do Verbo encarnado é feita, sem dúvida, pelos que são chamados à vida consagrada. Na verdade, a profissão dos conselhos evangélicos coloca-os como sinal e profecia para a comunidade dos irmãos e para o mundo. (n. 15)
No seu livro "Direção espiritual e homossexualidade" (Edições Loyola; São Paulo, 2006), o padre jesuíta James L. Empereur, apresenta uma clara analogia entre a vida consagrada e a vida das pessoas homossexuais. Logo, a meditação do Papa, ganha para nós um significado especial. Leia a argumentação do autor: Os gays cristãos possuem um carisma análogo ao carisma de uma vocação religiosa. (...) O que diferencia o carisma do homem gay do carisma de um homem membro de uma ordem religiosa é que o do homem gay é um carisma sexual. Assim como Deus ofereceu certo dom aos sacerdotes, irmãos ou irmãs na vida religiosa para que seguissem o evangelho com certo caráter público, assim Ele ofereceu aos homens gays e mulheres lésbicas um dom sexual especial, que exibe de maneira pública a diversidade e a beleza de Deus em nosso mundo. Todas as criaturas de Deus expõem a obra de Deus, mas o mundo também precisa de variação para que a riqueza dessa obra seja inequivocamente evidente. Deus dá a gays e lésbicas a variação um tanto surpreendente de sua sexualidade para ajudar seus irmãos e irmãs a ter uma compreensão maior da realidade de seu Deus. (...) Os religiosos são poucos em comparação à população total, e pede-se a eles que vivam de certa meneira, que carrega consigo certa qualidade contracultural. Se a vida religiosa é indistinguível do resto da vida cristã, parece não haver nenhum propósito para sua existência. (...) Também os homossexuais são uma minoria. Também eles devem viver vidas contraculturais. Percebemos nitidamente a lógica desta analogia, mas o autor observa que ela não é completa: A vida religiosa é uma vocação acima da vocação que recebemos de Deus ao sermos criados filhos ou filhas de Deus. A sexualidade gay é um fato da criação. (...) Ao contrário dos homens e mulheres religiosos, eles [os homossexuais] não tiveram escolha quanto à vocação. Não lhes perguntaram se queriam ser homossexuais. (...) O carisma não se baseia primariamente na escolha, mas em um dom oferecido a alguém para ser compartilhado porque o mundo necessita desse dom. (pp. 4-6).
No seu livro "Direção espiritual e homossexualidade" (Edições Loyola; São Paulo, 2006), o padre jesuíta James L. Empereur, apresenta uma clara analogia entre a vida consagrada e a vida das pessoas homossexuais. Logo, a meditação do Papa, ganha para nós um significado especial. Leia a argumentação do autor: Os gays cristãos possuem um carisma análogo ao carisma de uma vocação religiosa. (...) O que diferencia o carisma do homem gay do carisma de um homem membro de uma ordem religiosa é que o do homem gay é um carisma sexual. Assim como Deus ofereceu certo dom aos sacerdotes, irmãos ou irmãs na vida religiosa para que seguissem o evangelho com certo caráter público, assim Ele ofereceu aos homens gays e mulheres lésbicas um dom sexual especial, que exibe de maneira pública a diversidade e a beleza de Deus em nosso mundo. Todas as criaturas de Deus expõem a obra de Deus, mas o mundo também precisa de variação para que a riqueza dessa obra seja inequivocamente evidente. Deus dá a gays e lésbicas a variação um tanto surpreendente de sua sexualidade para ajudar seus irmãos e irmãs a ter uma compreensão maior da realidade de seu Deus. (...) Os religiosos são poucos em comparação à população total, e pede-se a eles que vivam de certa meneira, que carrega consigo certa qualidade contracultural. Se a vida religiosa é indistinguível do resto da vida cristã, parece não haver nenhum propósito para sua existência. (...) Também os homossexuais são uma minoria. Também eles devem viver vidas contraculturais. Percebemos nitidamente a lógica desta analogia, mas o autor observa que ela não é completa: A vida religiosa é uma vocação acima da vocação que recebemos de Deus ao sermos criados filhos ou filhas de Deus. A sexualidade gay é um fato da criação. (...) Ao contrário dos homens e mulheres religiosos, eles [os homossexuais] não tiveram escolha quanto à vocação. Não lhes perguntaram se queriam ser homossexuais. (...) O carisma não se baseia primariamente na escolha, mas em um dom oferecido a alguém para ser compartilhado porque o mundo necessita desse dom. (pp. 4-6).
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