Estes termos me parecem familiares: “perseguições e vida escondida”. Resumindo: a Igreja (o cristianismo), também, “saiu do armário”, num determinado momento da história. Talvez por ter sido há tanto tempo, já conseguiu se esquecer como é. Aliás, é difícil dizer assim: “Igreja pensa, diz, faz, esquece, lembra, etc.” Trata-se, de fato, de algumas pessoas (entre elas uns dignitários), que nós, simplesmente, identificamos com a Igreja como instituição. A Igreja, graças a Deus, é muito mais do que isso. E eu procuro sempre compreender toda aquela cautela (ãinda que, muitas vezes, exagerada), com a qual estão sendo elaboradas as afirmações “oficiais” ou “gerais” da Igreja. Tivemos um exemplo recente (o livro do Papa) da situação em que algumas frases, tiradas (ou privadas) do contexto, foram capazes de despertar o alvoroço mundial.
Voltando ao Santo Ambrósio, ele era também (de que acabou esquecendo o autor da nota biográfica citada acima) o mentor espiritual de Santo Agostinho. O curioso (para nós) no ministério pastoral de Ambrósio era o fato de ter ele lidado, também, com a “questão homossexual”. Primeiro, pelo fato de viver no Império Romano (muitos autores sérios falam sobre a existência, socialmente reconhecida e aceita, de relacionamentos homossexuais, naquela realidade). Segundo, por ter acompanhado de perto a jornada interior de Agostinho. Este último, de acordo com as suas “Confissões”, teve experiências tanto homo- quanto heterossexuais. Sobre isso vou escrever numa outra oportunidade.
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Santo Ambrósio observa que nas Escrituras na passagem: "Colocarei o meu arco nas nuvens", Deus não diz a flecha, mas o arco, para nos fazer compreender que somos nós os pecadores que pelas nossas iniquidades colocamos a flecha sobre o arco e incitamos Deus a castigar-nos.
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Uma de suas famosas frases diz: "Ninguém cura a si próprio, ferindo outro".
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