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Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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15 de dezembro de 2010

NOVENA DE NATAL (introdução)


No próximo dia 17 o Advento entra em sua segunda fase: a preparação imediata à Solenidade de Nascimento de Jesus Cristo. Este período, de 17 a 25 de dezembro, dura exatamente 9 dias, o que nos lembra uma antiga e consagrada tradição de novena. A primeira novena foi realizada, por ordem do próprio Cristo, nos dias entre a sua Ascensão e o Pentecostes. Os Apóstolos com Maria, a Mãe de Jesus e com um grupo de discípulos dele, permaneceram no Cenáculo, em oração, aguardando o derramamento do Espírito Santo. Mais tarde, tanto na liturgia, quanto em diversas devoções populares, desenvolveu-se o costume de promover novenas como forma de preparação espiritual para alguma festa importante. Apesar da existência de alguns abusos e mal-entendidos (como o atribuir à novena um poder quase mágico), esta forma de aprofundamento espiritual continua trazendo bons frutos. Resolvi, portanto, propor aos (eventuais) Leitores, uma "Novena de Natal", situada no contexto de um "gay-católico". Para terminar a novena um dia antes da Festa, vamos começar no dia 16. Orar e meditar nunca é demais. As reflexões têm como base a Sagrada Escritura, alguns documentos da Igreja e os textos extraídos de livros e atrigos encontrados por aí (sempre citando a fonte). A inspiração, o fio condutor, o pensamento principal, encontrei na primeira Encíclica do Papa João Paulo II, de 1979, "Redemptor hominis" (n°13):
Pela sua Encarnação, Ele, o Filho de Deus, se uniu de certo modo a cada homem. A Igreja reconhece, portanto, como sua tarefa fundamental fazer com que uma tal união se possa atuar e renovar continuamente. A Igreja deseja servir esta única finalidade: que cada homem possa encontrar Cristo, a fim de que Cristo possa percorrer juntamente com cada homem o caminho da vida, com a potência daquela verdade sobre o homem e sobre o mundo, contida no mistério da Encarnação e da Redenção, e com a potência do amor que de tal verdade irradia. (...) Aqui, portanto, trata-se do homem em toda a sua verdade, com a sua plena dimensão. Não se trata do homem "abstrato", mas sim real: do homem "concreto", "histórico". Trata-se de "cada" homem, porque todos e cada um foram compreendidos no mistério da Redenção, e com todos e cada um Cristo se uniu, para sempre, através deste mistério.

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