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Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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12 de abril de 2011

Jesus elevado

A declaração de Jesus, lida no Evangelho de hoje (Jo 8,21-30): Quando tiverdes elevado o Filho do Homem, então sa­bereis que eu sou, e que nada faço por mim mesmo, mas apenas falo aquilo que o Pai me ensinou. (v. 28), lembra uma outra frase: É agora o julgamento deste mundo. Agora o chefe deste mundo vai ser expulso, e quando eu for elevado da terra, atrairei todos a mim. (Jo 12, 31-32) De imediato, vem a ideia da cruz, pelo menos na primeira passagem, na qual Jesus dirige-se aos fariseus. Foram eles, juntamente com os sumos sacerdotes e outras autoridades que, aproveitando o poder dos romanos e a confusa conjuntura político-social do momento, condenaram Jesus à crucificação. Apesar de vários sinais extraordinários na hora da morte de Jesus (Desde o meio-dia, uma escuridão cobriu toda a terra até às três horas da tarde. [Mt 27, 45]; O véu do Santuário rasgou-se de alto a baixo, em duas partes, a terra tremeu e as pedras se partiram. Os túmulos se abriram e muitos corpos dos santos falecidos ressuscitaram. [Mt 27, 51-52]) e, principalmente, diante das notícias inegáveis sobre a sua ressurreição, não há registro de que tivessem cumprimento as palavras de Jesus: então sa­bereis que eu sou (Jo 8, 28), pelo menos, no sentido de uma conversão dos fariseus em massa. As afirmações de Jesus nesta mesma passagem de hoje (Jo 8, 28-30) revelam a gravidade do estado espiritual desses fariseus: Disse-vos que morrereis nos vossos pecados, porque, se não acreditais que eu sou, morrereis nos vossos pecados. (v. 24) Neste contexto, podemos decifrar um segundo significado do termo "elevar Jesus". Quando abraçamos a fé, elevamos ou, como querem alguns tradutores, exaltamos Jesus, em nosso coração e na nossa vida. Ele passa a ocupar o primeiro lugar, acima de todas as coisas. Fica evidente a associação com o primeiro mandamento do Decálogo: "Amar a Deus sobre todas as coisas". Alguém disse que, quando Jesus (Deus) está em primeiro lugar, todas as outras coisas ficam em seus devidos lugares. Há uma harmonia e paz interior. A fé e o amor a Deus, são frutos da ressurreição de Cristo. A segunda das citações iniciais (Jo 12, 31-32), sugere esta interpretação. Jesus, "elevado" na cruz pelos homens é realmente "elevado da terra", pelo próprio poder divino, na hora de sua ressurreição e, mais tarde, na ascensão (Enquanto os abençoava, afastou-se deles e foi elevado ao céu. [Lc 24, 51]) A promessa de Jesus é de atrair todos a si. Elevado na cruz e exaltado na ressurreição e ascensão, Jesus nos atrai, ou seduz (usando as palavras do Profeta Jeremias: Tu me seduziste, Senhor, e eu me deixei seduzir! [Jr 20, 7]), para que o elevemos acima de todas as coisas na nossa vida. Isto é a fé.

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