ESTE BLOG NÃO POSSUI CONTEÚDO PORNOGRÁFICO

Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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4 de fevereiro de 2011

Voltei à CABANA

Recomecei nestes dias a leitura de "A cabana" de William P. Young (veja a minha primeira impressão aqui). A releitura do livro se deu em função de uma outra obra: "Encontre Deus na Cabana" de Randal Rauser (Editora Planeta do Brasil, São Paulo, 2009). Apesar de alguns trechos tendenciosamente anticatólicos, este "comentário teológico" do livro de Young, traz algum proveito (por exemplo uma vontade de ler "A cabana" de novo). Além de toda maestria em conduzir o leitor para a essência do mistério de Deus, "A cabana" faz o leitor tomar - digamos - uma distância saudável em relação aos estereótipos, religiosos especificamente, mas também a todos os outros. Este é o assunto que gostaria de abordar aqui em breve. A leitura atual tem confirmado uma série de questionamentos sobre alguns pontos de vista que, por sua vez, influenciam amplamente a nossa percepção das coisas. Digo: "tem confirmado", pois eles existiram na minha mente bem antes de conhecer este livro. E, como a orientação básica deste blog é homossexual, os questionamentos referem-se a opiniões, conceitos e preconceitos que só existem porque estão baseados em princípios - pelo menos - duvidosos (para não dizer falsos). E não se trata apenas de mais um artifício para minar (ou detonar) a homofobia. Existem muitos estereótipos, baseados em pontos de partida (ou de vista) errados, também "do lado de cá". Vou entrar em detalhes, aos poucos, em breve. Hoje cito apenas um trecho do livro de William P. Young "A cabana":
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Mackenzie, eu não sou masculino nem feminina, ainda que os dois gêneros derivem da minha natureza. Se eu escolho aparecer para você como homem ou mulher, é porque o amo. Para mim, aparecer como mulher e sugerir que você me chame de Papai é simplesmente para ajudá-lo a não sucumbir tão facilmente aos seus condicionamentos religiosos.
Ela se inclinou, como se quisesse compartilhar um segredo.
- Se eu me revelasse a você como uma figura muito grande, branca e com aparência de avô com uma barba comprida, simplesmente reforçaria seus estereótipos religiosos. É importante você saber que o objetivo deste fim de semana não é reforçar esses estereótipos. [p. 83-84]

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