ESTE BLOG NÃO POSSUI CONTEÚDO PORNOGRÁFICO

Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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14 de fevereiro de 2011

mais uma polêmica

O Portal Gay1 publicou (aqui) uma matéria sobre críticas de "ativistas LGBTs" dirigidas ao novo aplicativo para iPhone, aprovado pela Igreja Católica, que tem a finalidade de ajudar no exame de consciência (em preparação ao Sacramento da Reconciliação, Confissão). Infelizmente, a dura crítica feita por Wayne Besen (diretor executivo da Truth Wins Out - organização de defesa dos direitos LGBT nos EUA), baseia-se numa confusão de termos. Besen diz: "gays católicos não precisam de se confessar, eles precisam de sair do armário e desafiar o dogma anti-gay. A falsa ideia de que ser gay é algo que se deve ter vergonha tem destruído muitas vidas. Esta aplicação para o iPhone facilita e promover esses danos", enquanto a pergunta que faz parte do exame de consciência é: "Tenho sido culpado de qualquer atividade homossexual?". Compreendo o caráter emocional das expressões do ativista, mas vejo, também, alguns equívocos nítidos (é porque as emoções "desligam" o raciocínio). Primeiro: dizer que "gays católicos não precisam de se confessar" é uma usurpação. Quem é que vai me dizer de que preciso? Ele é, por acaso, o dono da minha consciência? Segundo: a pergunta no aplicativo fala de "atividade homossexual" e não de "ser homossexual" e isso é uma diferença substancial (para quem faz funcionar a sua inteligência, caso tenha uma). O Catecismo da Igreja Católica afirma (e muitos documentos da Santa Sé repetem, com estas ou outras palavras): "Um número não desprezível de homens e de mulheres apresenta tendências homossexuais. Eles não escolhem a sua condição de homossexuais; essa condição constitui, para a maior parte deles, uma provação. Devem ser acolhidos com respeito, compaixão e delicadeza." (n. 2358) No parágrafo anterior (2357), o Catecismo declara: "Apoiando-se na Sagrada Escritura, que os apresenta como depravações graves a Tradição sempre declarou que «os atos de homossexualidade são intrinsecamente desordenados». São contrários à lei natural, fecham o ato sexual ao dom da vida, não procedem de uma verdadeira complementaridade afetiva sexual, não podem, em caso algum, ser aprovados." Qualquer que seja a nossa opinião a respeito destas definições, é o ponto de vista do Magistério da Igreja. Como a Confissão Sacramental, com todas as suas regras, tem sido definida pela mesma autoridade, fica claro para cada católico praticante (seja homo- ou heterossexual), o que é que entra na "lista" dos pecados a serem declarados diante do sacerdote. É claro, achar o sacerdote de uma mente aberta, que consiga acolher um homossexual com atenção e caridade, já é outra história...

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