ESTE BLOG NÃO POSSUI CONTEÚDO PORNOGRÁFICO

Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



_____________________________________________________________________________



18 de fevereiro de 2011

renúncia


Se alguém me quer seguir, renuncie a si mesmo, tome a sua cruz e me siga. Pois quem quiser salvar a sua vida vai perdê-la; mas quem perder a sua vida por causa de mim e do Evangelho vai salvá-la. Com efeito, de que adianta ao homem ganhar o mundo inteiro se perde a própria vida? E o que poderia o homem dar em troca da própria vida? (Mc 8, 34b-37; o texto inteiro de hoje: Mc, 8, 34-9,1). Há quem use esta passagem para provar que os homossexuais devem renunciar a sua homossexualidade. Alguém pode renunciar a cor de sua pele ou a sua altura? Só se for, literalmente, renunciando a vida por inteiro, aí sim, vai junto a sexualidade, a cor de pele, a altura e um monte de outras coisas. Na primeira leitura temos a história da torre de Babel (Gn 11, 1-9). É um paradoxo que a aspiração do homem de chegar até o céu, tendo causado a confusão das línguas e a dispersão da humanidade, é a mesma que Jesus realizou com a sua morte e ressurreição, ou seja, fez o homem chegar até o céu (realizando, ao mesmo tempo, uma nova união entre os homens). A questão é o modo de chegar lá. O homem quis fazê-lo de seu jeito, sem Deus (o que é realmente impossível). Deus se fez humano em Jesus, para que nós nos tornássemos divinos. O desejo dos homens (construtores da torre e tantos outros) baseava-se no egoísmo, no falso conceito de independência (de Deus) e de autossuficiência. O desejo (e o projeto realizado em Jesus) baseia-se no amor. Toda a diferença está nas motivaçãoes (além da ausência ou presença de capacidade). Algo parecido podemos dizer sobre o amor e a promiscuidade. Às vezes até se parecem em suas expressões, mas a diferença essencial está na motivação. O homossexual que procura seguir Jesus renuncia a ideia (e a prática) de sexo como "esporte", brincadeira, diversão, dominação, fonte de lucro (prostituição) ou de prazer sem compromisso. É porque o cristão deseja amar, independentemente de sua orientação sexual.

Nenhum comentário:

Postar um comentário