A PAZ
TEXTO BÍBLICO: Lc 2, 21
Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno.
LEITURA/REFLEXÃO
1) A maternidade divina de Maria Santíssima, celebrada no primeiro dia do ano civil, permite-nos olhar ao mistério de Deus, de seu amor e de seus desígnios, com os olhos dela. O Papa João Paulo II falou muito em “entrar na escola de Maria” (confira a Carta Apostólica “Rosarium Virginis Mariae”, aqui). Este olhar é um modo de enxergar o invisível, de descobrir o sentido profundo e oculto das coisas. É um olhar de delicadeza, respeito e ternura. Um olhar necessário em cada tipo de convivência. Seria demais pedir isso e desejar aos outros, no início de um ano novo? Augusto Cury, em seu livro “Maria, a maior educadora da História” (Editora Planeta; São Paulo, 2007), propõe um estudo da pessoa de Maria, do ponto de vista de um psicólogo: A imagem que se tem de Maria no inconsciente coletivo é de uma mulher pobrezinha, coitada, sofredora, muito diferente da sua personalidade à luz da psicologia. Maria era espantosamente forte, mais forte do que os fariseus de Jerusalém. Seu Filho, quando adulto, elevou a arte da intrepidez ao máximo. Nunca reclamou, nem quando foi abandonado. Nunca desistiu, nem quando traído. Nunca puniu, mesmo quando zombaram dele ou o torturaram. (p. 42-43) Maria educou, dentro das suas limitações, Jesus para que corresse risco, fosse intuitivo, tivesse compromisso social, contemplasse a fauna e a flora, protegesse sua emoção; para que ele experimentasse a natureza humana em grande estilo e se tornasse uma dádiva para a humanidade. (p. 145)
2) Desde 1968, a Igreja promove, junto à maternidade divina de Maria, o Dia Mundial da Paz. Notamos, imediatamente, a conexão com a “escola de Maria”. Esta escola nos ensina a buscar e construir a paz. Não é coisa fácil, exige um esforço, ou melhor: um sacrifício. Talvez o maior seja este: “amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem” (Mt 5, 44), mas “sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (cf. Mt 10, 16) e “se vos perseguirem numa cidade, fugi para uma outra” (Mt 10, 23) e, se fugirdes, não leveis ódio nem desejo de vingança, nos vossos corações. Não pagueis a ninguém o mal com o mal. Aplicai-vos a fazer o bem diante de todos os homens. Se for possível, quanto depender de vós, vivei em paz com todos os homens. Não vos vingueis uns aos outros (...). (Rm 12, 17-19). Já percebemos: a escola de Maria é a escola do Evangelho. Um dos “alunos” que concluiu seus estudos ali, e com louvor, foi São Francisco de Assis. A ele é atribuída autoria do famoso texto: Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz! Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. (...) Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido (...). É perdoando que se é perdoado...
3) Aqui na terra não se pode obter a paz a não ser que seja salvaguardado o bem das pessoas e que os homens comuniquem entre si, com confiança e espontaneidade, suas riquezas de coração e de inteligência. Vontade firme de respeitar a dignidade de outros homens e povos, ativa fraternidade na construção da paz, são coisas absolutamente necessárias. Deste modo a paz será também fruto do amor, que vai além do que a justiça é capaz de proporcionar. (...) É a razão por que todos os cristãos são insistentemente chamados a que, vivendo a verdade na caridade (cf. Ef 4, 15), se unam aos homens verdadeiramente pacíficos, a fim de implorar e estabelecer a paz. (Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral Gaudium et spes, n° 78)
ORAÇÃO
Oremos pela paz. Salmo 129(121):
Completados que foram os oito dias para ser circuncidado o menino, foi-lhe posto o nome de Jesus, como lhe tinha chamado o anjo, antes de ser concebido no seio materno.
LEITURA/REFLEXÃO
1) A maternidade divina de Maria Santíssima, celebrada no primeiro dia do ano civil, permite-nos olhar ao mistério de Deus, de seu amor e de seus desígnios, com os olhos dela. O Papa João Paulo II falou muito em “entrar na escola de Maria” (confira a Carta Apostólica “Rosarium Virginis Mariae”, aqui). Este olhar é um modo de enxergar o invisível, de descobrir o sentido profundo e oculto das coisas. É um olhar de delicadeza, respeito e ternura. Um olhar necessário em cada tipo de convivência. Seria demais pedir isso e desejar aos outros, no início de um ano novo? Augusto Cury, em seu livro “Maria, a maior educadora da História” (Editora Planeta; São Paulo, 2007), propõe um estudo da pessoa de Maria, do ponto de vista de um psicólogo: A imagem que se tem de Maria no inconsciente coletivo é de uma mulher pobrezinha, coitada, sofredora, muito diferente da sua personalidade à luz da psicologia. Maria era espantosamente forte, mais forte do que os fariseus de Jerusalém. Seu Filho, quando adulto, elevou a arte da intrepidez ao máximo. Nunca reclamou, nem quando foi abandonado. Nunca desistiu, nem quando traído. Nunca puniu, mesmo quando zombaram dele ou o torturaram. (p. 42-43) Maria educou, dentro das suas limitações, Jesus para que corresse risco, fosse intuitivo, tivesse compromisso social, contemplasse a fauna e a flora, protegesse sua emoção; para que ele experimentasse a natureza humana em grande estilo e se tornasse uma dádiva para a humanidade. (p. 145)
2) Desde 1968, a Igreja promove, junto à maternidade divina de Maria, o Dia Mundial da Paz. Notamos, imediatamente, a conexão com a “escola de Maria”. Esta escola nos ensina a buscar e construir a paz. Não é coisa fácil, exige um esforço, ou melhor: um sacrifício. Talvez o maior seja este: “amai vossos inimigos, fazei bem aos que vos odeiam, orai pelos que vos maltratam e perseguem” (Mt 5, 44), mas “sede prudentes como as serpentes e simples como as pombas” (cf. Mt 10, 16) e “se vos perseguirem numa cidade, fugi para uma outra” (Mt 10, 23) e, se fugirdes, não leveis ódio nem desejo de vingança, nos vossos corações. Não pagueis a ninguém o mal com o mal. Aplicai-vos a fazer o bem diante de todos os homens. Se for possível, quanto depender de vós, vivei em paz com todos os homens. Não vos vingueis uns aos outros (...). (Rm 12, 17-19). Já percebemos: a escola de Maria é a escola do Evangelho. Um dos “alunos” que concluiu seus estudos ali, e com louvor, foi São Francisco de Assis. A ele é atribuída autoria do famoso texto: Senhor, fazei-me instrumento de vossa paz! Onde houver ódio, que eu leve o amor. Onde houver ofensa, que eu leve o perdão. (...) Ó Mestre, fazei que eu procure mais consolar que ser consolado, compreender que ser compreendido (...). É perdoando que se é perdoado...
3) Aqui na terra não se pode obter a paz a não ser que seja salvaguardado o bem das pessoas e que os homens comuniquem entre si, com confiança e espontaneidade, suas riquezas de coração e de inteligência. Vontade firme de respeitar a dignidade de outros homens e povos, ativa fraternidade na construção da paz, são coisas absolutamente necessárias. Deste modo a paz será também fruto do amor, que vai além do que a justiça é capaz de proporcionar. (...) É a razão por que todos os cristãos são insistentemente chamados a que, vivendo a verdade na caridade (cf. Ef 4, 15), se unam aos homens verdadeiramente pacíficos, a fim de implorar e estabelecer a paz. (Concílio Vaticano II, Constituição Pastoral Gaudium et spes, n° 78)
ORAÇÃO
Oremos pela paz. Salmo 129(121):
Para os montes levanto os olhos:
de onde me virá socorro?
O meu socorro virá do Senhor,
Criador do céu e da terra.
Ele não permitirá que teus pés resvalem;
não dormirá aquele que te guarda.
Não, não há de dormir, nem adormecer
o guarda de Israel.
O Senhor é teu guarda,
o Senhor é teu abrigo, sempre ao teu lado.
De dia, o sol não te fará mal;
nem a lua durante a noite.
O Senhor te resguardará de todo o mal;
ele velará sobre tua alma.
O Senhor guardará os teus passos,
agora e para todo o sempre.
de onde me virá socorro?
O meu socorro virá do Senhor,
Criador do céu e da terra.
Ele não permitirá que teus pés resvalem;
não dormirá aquele que te guarda.
Não, não há de dormir, nem adormecer
o guarda de Israel.
O Senhor é teu guarda,
o Senhor é teu abrigo, sempre ao teu lado.
De dia, o sol não te fará mal;
nem a lua durante a noite.
O Senhor te resguardará de todo o mal;
ele velará sobre tua alma.
O Senhor guardará os teus passos,
agora e para todo o sempre.
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