A INFÂNCIA
TEXTO BÍBLICO: Lc 2, 39-40
Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré. O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.
LEITURA/REFLEXÃO
1) A recordação da infância traz, para todos nós, uma variedade de sensações, boas e ruins. Ninguém duvida, e a própria ciência confirma que, exatamente, naquele período ocorreu a grande parte de toda a nossa formação: física, emocional, psíquica, etc. É claro que preferimos voltar às recordações boas e felizes. Aquelas outras vêm sem serem chamadas. A maravilhosa riqueza do ser humano consiste, também, no fato de poder continuar crescendo, também na vida adulta e até na velhice (veja a postagem anterior sobre isso, aqui). As experiências do passado, particularmente da infância, positivas e negativas, tornam-se como que um “material de construção”. Vale lembrar que, a revelação sobre Jesus e a sua infância, refere-se, de certo modo, a cada um de nós (lembrando, como na recente “Novena de Natal”, as palavras de João Paulo II: “pela sua Encarnação, Ele, o Filho de Deus, se uniu de certo modo a cada homem”, Encíclica Redemptor hominis, n° 13). A Bíblia diz que “a graça de Deus repousava nele”. Nesta “construção” nunca estamos sozinhos. Precisamos, entretanto, aprender a acreditar nesta graça e a viver nela. Insisto, portanto, sobre a importância de uma pastoral para os homossexuais.
2) No seu livro “Vidas em arco-íris. Depoimentos sobre a homossexualidade” (Editora Record; Rio de Janeiro, 2006), Edith Modesto (Fundadora do Grupo de Pais de Homossexuais), reúne várias entrevistas com os gays e lésbicas, abordando os mais diversos assuntos. Um deles é a infância. Transcrevo dois depoimentos: [Otávio] – A minha homossexualidade veio crescendo comigo. Fez parte do meu dia-a-dia. Nunca escolhi – e ninguém escolhe – ser, e não teve época, nasceu comigo... Desde que comecei a perceber a diferença entre meninos e meninas, já sabia que gostava de meninos. E nunca duvidei ou tentei trocar a minha sexualidade. Hoje e sempre tive e tenho certeza dela. Ninguém alicia ninguém para ser homo. (p. 81) [Paulo] – Minha homossexualidade foi percebida por mim desde a infância. Só que eu não aceitava essa condição de maneira alguma. Hoje eu tenho certeza de que sou homossexual e isso não me atrapalha em nada. Já duvidei várias vezes porque não era fácil eu ter que esconder isso dos outros. Eu achava que era o único homossexual no mundo. (p. 78)
3) Os profissionais (psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, etc.) falam sobre a importância desse período na vida e na formação de cada ser humano. Kimeron H. Hardin, no livro “Auto-estima para homossexuais. Um guia para o amor próprio” (Editora Summus; São Paulo, 2000), escreve: Como uma criança gay ou lésbica, você provavelmente aprendeu a evitar discutir a sua sexualidade em desenvolvimento, especialmente as áreas consideradas anormais ou desviantes. Uma possível crença condicionada estabelecida para você nessa época pode, portanto, ter sido parecida com o “Nunca compartilhe os seus verdadeiros sentimentos íntimos com ninguém ou será rejeitado”. É possível ver como uma regra desse tipo pode inibir a sua capacidade de estabelecer relacionamentos apropriados quando adulto (p. 25). Por sua vez, Richard A. Isay, em sua obra “Tornar-se gay. O caminho da auto-aceitação” (Editora Summus; São Paulo, 1998), afirma: Muitos já se sentiram diferentes desde a infância, tendo preferido a companhia de meninas à de meninos, sendo mais musicais e artísticos, mais expressivos emocionalmente e menos interessados em esportes competitivos que seus amigos e irmãos. Estas percepções são reais; são expressões de sua masculinidade atípica. Muitos adolescentes e adultos gays que reprimiram seus sentimentos homossexuais na infância conseguem resgatar a lembrança de terem um comportamento atípico e inconscientemente a usam para se proteger da memória de um antigo desejo homossexual por eles rejeitado.
ORAÇÃO
Agradeço a Deus pela minha infância. Não por ter sido algo perfeito ou paradisíaco. Mas o Senhor me acompanhou e protegeu. Usando palavras do rei Davi: “Quem sou eu, Senhor Deus, e o que é minha casa, para que me tenhas conduzido até aqui?” (2Sm 7, 18). Quero, também, interceder por todas as crianças, especialmente aquelas que trazem em si a identidade homossexual.
Após terem observado tudo segundo a lei do Senhor, voltaram para a Galiléia, à sua cidade de Nazaré. O menino ia crescendo e se fortificava: estava cheio de sabedoria, e a graça de Deus repousava nele.
LEITURA/REFLEXÃO
1) A recordação da infância traz, para todos nós, uma variedade de sensações, boas e ruins. Ninguém duvida, e a própria ciência confirma que, exatamente, naquele período ocorreu a grande parte de toda a nossa formação: física, emocional, psíquica, etc. É claro que preferimos voltar às recordações boas e felizes. Aquelas outras vêm sem serem chamadas. A maravilhosa riqueza do ser humano consiste, também, no fato de poder continuar crescendo, também na vida adulta e até na velhice (veja a postagem anterior sobre isso, aqui). As experiências do passado, particularmente da infância, positivas e negativas, tornam-se como que um “material de construção”. Vale lembrar que, a revelação sobre Jesus e a sua infância, refere-se, de certo modo, a cada um de nós (lembrando, como na recente “Novena de Natal”, as palavras de João Paulo II: “pela sua Encarnação, Ele, o Filho de Deus, se uniu de certo modo a cada homem”, Encíclica Redemptor hominis, n° 13). A Bíblia diz que “a graça de Deus repousava nele”. Nesta “construção” nunca estamos sozinhos. Precisamos, entretanto, aprender a acreditar nesta graça e a viver nela. Insisto, portanto, sobre a importância de uma pastoral para os homossexuais.
2) No seu livro “Vidas em arco-íris. Depoimentos sobre a homossexualidade” (Editora Record; Rio de Janeiro, 2006), Edith Modesto (Fundadora do Grupo de Pais de Homossexuais), reúne várias entrevistas com os gays e lésbicas, abordando os mais diversos assuntos. Um deles é a infância. Transcrevo dois depoimentos: [Otávio] – A minha homossexualidade veio crescendo comigo. Fez parte do meu dia-a-dia. Nunca escolhi – e ninguém escolhe – ser, e não teve época, nasceu comigo... Desde que comecei a perceber a diferença entre meninos e meninas, já sabia que gostava de meninos. E nunca duvidei ou tentei trocar a minha sexualidade. Hoje e sempre tive e tenho certeza dela. Ninguém alicia ninguém para ser homo. (p. 81) [Paulo] – Minha homossexualidade foi percebida por mim desde a infância. Só que eu não aceitava essa condição de maneira alguma. Hoje eu tenho certeza de que sou homossexual e isso não me atrapalha em nada. Já duvidei várias vezes porque não era fácil eu ter que esconder isso dos outros. Eu achava que era o único homossexual no mundo. (p. 78)
3) Os profissionais (psicólogos, psiquiatras, psicanalistas, etc.) falam sobre a importância desse período na vida e na formação de cada ser humano. Kimeron H. Hardin, no livro “Auto-estima para homossexuais. Um guia para o amor próprio” (Editora Summus; São Paulo, 2000), escreve: Como uma criança gay ou lésbica, você provavelmente aprendeu a evitar discutir a sua sexualidade em desenvolvimento, especialmente as áreas consideradas anormais ou desviantes. Uma possível crença condicionada estabelecida para você nessa época pode, portanto, ter sido parecida com o “Nunca compartilhe os seus verdadeiros sentimentos íntimos com ninguém ou será rejeitado”. É possível ver como uma regra desse tipo pode inibir a sua capacidade de estabelecer relacionamentos apropriados quando adulto (p. 25). Por sua vez, Richard A. Isay, em sua obra “Tornar-se gay. O caminho da auto-aceitação” (Editora Summus; São Paulo, 1998), afirma: Muitos já se sentiram diferentes desde a infância, tendo preferido a companhia de meninas à de meninos, sendo mais musicais e artísticos, mais expressivos emocionalmente e menos interessados em esportes competitivos que seus amigos e irmãos. Estas percepções são reais; são expressões de sua masculinidade atípica. Muitos adolescentes e adultos gays que reprimiram seus sentimentos homossexuais na infância conseguem resgatar a lembrança de terem um comportamento atípico e inconscientemente a usam para se proteger da memória de um antigo desejo homossexual por eles rejeitado.
ORAÇÃO
Agradeço a Deus pela minha infância. Não por ter sido algo perfeito ou paradisíaco. Mas o Senhor me acompanhou e protegeu. Usando palavras do rei Davi: “Quem sou eu, Senhor Deus, e o que é minha casa, para que me tenhas conduzido até aqui?” (2Sm 7, 18). Quero, também, interceder por todas as crianças, especialmente aquelas que trazem em si a identidade homossexual.
Salmo 8, 2-5:
Ó Senhor, nosso Deus,
como é glorioso vosso nome em toda a terra!
Vossa majestade se estende, triunfante, por cima de todos os céus.
Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor
que confunde vossos adversários,
e reduz ao silêncio vossos inimigos.
Quando contemplo o firmamento, obra de vossos dedos,
a lua e as estrelas que lá fixastes:
“Que é o homem, digo-me então, para pensardes nele?
Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles?”
Vossa majestade se estende, triunfante, por cima de todos os céus.
Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor
que confunde vossos adversários,
e reduz ao silêncio vossos inimigos.
Quando contemplo o firmamento, obra de vossos dedos,
a lua e as estrelas que lá fixastes:
“Que é o homem, digo-me então, para pensardes nele?
Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles?”
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