Amanhã será lançado o livro “Luz do mundo”, que recolhe conversas de Bento XVI com o jornalista alemão Peter Seewald. Os meios de comunicação, no mundo inteiro, comentam isso, transmitindo muitas vezes opiniões fora do contexto. Como escrevi ontem (leia), é preciso esperar um pouco, ler o texto inteiro e depois, de fato, fazer os comentários adequados. Como o tema de preservativo ocupa a maior parte dos comentários sensacionalistas, trago aqui o trecho do livro sobre este assunto. A Agência Zenit (aqui) cita alguns fragmentos um pouco maiores (e não apenas frases tiradas - ou privadas - do contexto).
Concentrar-se só no preservativo quer dizer banalizar a sexualidade e esta banalização representa precisamente o motivo pelo qual muitas pessoas já não veem na sexualidade a expressão de seu amor, mas só uma espécie de droga, que se fornecem por sua conta. Por este motivo, também a luta contra a banalização da sexualidade forma parte do grande esforço para que a sexualidade seja valorizada positivamente e possa exercer seu efeito positivo no ser humano em sua totalidade. Pode haver casos justificados singulares, por exemplo, quando um prostituto utiliza um preservativo, e este pode ser o primeiro passo para uma moralização, um primeiro ato de responsabilidade para desenvolver de novo a consciência sobre o fato de que nem tudo está permitido e de que não se pode fazer tudo o que se quer. No entanto, este não é o verdadeiro modo para vencer a infecção do HIV. É verdadeiramente necessária uma humanização da sexualidade.
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