Para todos aqueles que sonham com um futuro melhor, o dia 28 de agosto tem grande significado. Há exatamente 50 anos, Martin Luther King, nos degraus do Memorial de Lincoln, em Washington, fez o seu mais famoso discurso. Muitos enxergam a figura do atual presidente dos E.U.A. como a encarnação (ou realização) deste sonho. Sem dúvida, grandes coisas aconteceram ao longo dos últimos 50 anos, mas muitos ainda continuam sonhando. Entre eles somos nós, os homossexuais (e outras minorias não heterossexuais). Será necessário mais sangue derramado para que o sonho se torne realidade? Proponho a leitura de alguns trechos do discurso de Martin Luther King:
“Ainda que enfrentemos as dificuldades de hoje e de amanhã, Eu tenho um sonho. Eu ainda tenho um sonho. Eu tenho um sonho no qual vejo que um dia esta nação se levantará e cumprirá o seu princípio mais importante: ‘Nós acreditamos que estas verdades são auto-evidentes: que os homens são criados iguais pelo seu Criador’ Eu tenho um sonho. (...)
Eu tenho um sonho de que um dia, `cada vale será exaltado, cada colina e montanha será rebaixada, os lugares ásperos serão tornados suaves, os lugares de maldade serão tornados honestos, e a Glória do Senhor se revelará, e toda a carne a verá ao mesmo tempo’.
Esta é a nossa esperança. É com esta fé que retorno ao Sul. Com esta fé, estamos dispostos a trabalhar juntos, a rezar juntos, a lutar juntos, a ir para a cadeia juntos, e a nos levantarmos juntos em defesa da liberdade, sabendo que seremos livres algum dia.
Este será o dia em que os filhos de Deus cantarão juntos : Meu país, doce terra de liberdade, para ti eu canto. Terra onde meus pais morreram, terra do orgulho dos peregrinos, de qualquer lado da montanha, que toque o sino da liberdade. Se a América quiser ser uma grande nação, então isto terá que se tornar verdadeiro. Que toque então o sino da liberdade. Quando permitirmos que toque o sino da liberdade, quando deixarmos que toque em qualquer cidadezinha de qualquer Estado, estaremos preparados para nos erguer neste dia, e todos os filhos de Deus, brancos ou negros, judeus ou gentios, protestantes ou católicos, daremos as mãos para cantar uma antiga canção negra religiosa: `Enfim livres. Enfim livres. Graças ao Senhor todo-poderoso. Estamos livres enfim”.
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"Rádio Vaticano - a voz do Papa e da Igreja em diálogo com o mundo" [sic!] (aqui) divulgou hoje, 28 de agosto, a seguinte notícia: O sonho de Martin Luther King continua vivo, depois de 50 anos. Recordando os
cinquenta anos do célebre discurso “Eu tenho um sonho” (I have a dream), de
Martin Luther King, o Cardeal de Washington, Donald William Wuerl, ressalta o
engajamento da Igreja Católica nos EUA com a justiça racial e social. “A
magistral estátua de King, no novo memorial em Washington, nos lembra seu
imponente compromisso em conduzir nossa nação à plena consciência da igualdade
de todas as pessoas diante de Deus”, declara o cardeal, publicado no Osservatore
Romano. “O seu sonho, tão enraizado na oração e na Sagrada Escritura,
continua a nos encorajar a vermos uns aos outros como irmãos e irmãs, filhos do
mesmo amoroso Deus”, continua.
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