ESTE BLOG NÃO POSSUI CONTEÚDO PORNOGRÁFICO

Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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27 de agosto de 2013

Dilemas



Ele na minha casa?
Eu na casa dele?
Nós dois em uma casa nova?
...tudo isso, no caso de morarmos juntos...

Cada um independente no sentido profissional e financeiro?
Eu trabalhando e ele estudando?
Ele trabalhando e eu desempregado?

...e no caso de não morarmos juntos...
Encontros no final de semana?
Motel? ...tudo bem: Hotel, pousada?

De qualquer maneira é necessária a estabilidade financeira de, pelo menos, um de nós...

É claro, antes de tudo isso deve existir o Outro
e o amor entre nós.

Escrevi tudo isso como um ensaio.
Mas também para dizer que já estou pronto...

Para não ficar aqui só no nível de sonhos, transcrevo um interessante texto de Dom Aloísio Roque Oppermann, SCJ, Arcebispo de Uberaba, publicado na página da CNBB (aqui) no dia 14 de maio de 2011. Achei simpático...
 
Por que os casais hetero não querem e os gays querem?
 
Nos tempos atuais, sobretudo no meio urbano, moços e moças, não fazem muita força para se casar “de papel passado”. A multidão dos que apenas “ajuntam os trapos”, e vão morar juntos, cresce de ano para ano. Basta percorrer um bairro novo. Parece que os jovens temem assumir compromissos definitivos. O computador que hoje é o último grito, amanhã vai para o aterro sanitário. Os parceiros, convidados para uma “união no Senhor”, parecem preferir a provisoriedade. Ademais, as leis civis embaralharam tanto o direito da família, que ninguém mais precisa casar perante a lei. A legislação não favorece a estabilidade familiar. Caso queiram um documento de união civil, basta dirigir-se ao poder público, que o atestado será fornecido em pouco tempo. E logo em seguida, caso o considerarem necessário, podem obter o “divórcio instantâneo”, sem problema. Por que ainda casar, se a nova geração não sente mais utilidade no reconhecimento público da sociedade? E vejam que ainda nem estou falando do casamento religioso.
Agora vejam a luta dos gays. Querem que suas uniões sejam equiparadas às de uma família tradicional. Querem que existam leis que garantam a herança para o parceiro; que cada qual possa ter acesso ao sistema de saúde; que possam adotar crianças... Eles sabem se mexer. Mas não é este seu objetivo principal. Onde querem chegar, é obter o reconhecimento público da sociedade. É exatamente o que “homem e mulher”, no casamento tradicional, julgam poder dispensar. A aprovação pública de casamentos heterossexuais não é apenas útil, mas uma garantia para a estabilidade da família. A legislação civil não se ocupa em facilitar a perenidade da família. Sua maior preocupação é criar leis que facilitem qualquer veleidade de separação. Agora digo uma coisa. Para quem tem fé cristã, e tem verdadeiro amor ao parceiro, receber a bênção de Deus se torna um imperativo categórico. Isso vem em primeiro lugar. Também casar perante a lei civil é de grande valor. Mas vem em segundo lugar.

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