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Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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16 de outubro de 2010

Dia 20/10 VISTA ROXO CONTRA A HOMOFOBIA

Encontrei no orkut uma informação sobre a campanha contra a homofobia e em homenagem (luto) aos adolescentes e jovens que cometeram suicídio devido a perseguição que sofreram por causa de sua homossexualidade. O texto no orkut diz:

CONTRA HOMOFOBIA! Use ROXO dia 20/10!
Uma ação muito em boa hora! É americana mas bem pode ser usada neste momento.

CONTRA HOMOFOBIA: vista roxo dia 20!

Recentemente, foram noticiados nos EUA vários casos de suicídio de adolescentes gays que sofriam com bullying. Por esses e muitos outros, que já vieram ou que ainda virão, membros do Facebook estão organizando um evento no qual em 20 de outubro todos irão vestir em seu cotidiano a cor roxa, seja na camisa, na calça, na gravata ou na meia. Sendo você homossexual ou não e estando engajado com a causa, participe e ajude a espalhar o evento!

Em 20 de outubro de 2010, nós iremos vestir roxo em honra dos jovens LGBT que cometeram suicídio nas últimas semanas/meses devido ao abuso homofóbico que sofreram em suas casas e escolas.

ROXO representa o ESPÍRITO na bandeira LGBT e é exatamente o que queremos que você carregue: espírito. Por favor, saiba que os tempos irão melhorar e que você conhecerá pessoas que te amarão e respeitarão pelo que você é, não importa sua sexualidade.

Por favor, vista roxo no dia 20 de Outubro. Divulgue para sua família, amigos, colegas de trabalho, de escola e vizinhos.

Lembro também que a mesma cor (o roxo) está associada, na liturgia da Igreja, tanto ao luto quanto à penitência - tem, portanto, tudo a ver com o propósito desta campanha.

E se alguém precisar de argumentos, trago aqui um texto extraído do livro de Andrew Solomon: "O demônio do meio-dia, uma anatomia da depressão" (Editora Objetiva, Rio de Janeiro 2010, p. 306):

"A explicação mais óbvia para as altas taxas de depressão gay é a homofobia. Os gays são mais vulneráveis a serem rejeitados por suas famílias do que as pessoas em geral. São mais propensos a problemas de ajuste social. Devido a tais problemas, são mais vulneráveis a abandonar a escola. Eles têm uma taxa mais elevada de doenças sexualmente transmitidas. Têm menos probabilidade de formar relações estáveis em sua vida adulta. É menos provável que tenham guardiões quando idosos. São mais vulneráveis a serem infectados pelo HIV; e mesmo os que não são soropositivos, quando ficam deprimidos são mais vulneráveis à prática de sexo inseguro e a contrair o vírus, o que, por sua vez, exacerba a depressão. E, acima de tudo, têm uma maior probabilidade de viver furtivamente e ter passado por intensa segregação em consequência disso."
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...e a notícia recente (de 6 de outubro), encontrada na edição on-line da Revista "Lado A" (link):
A perseguição e humilhação no ambiente escolar recebem o nome de bullying (de “bully” = valentão). Até pouco tempo, o assunto era tido como não importante pelos professores, porém, agora é um dos assuntos mais debatidos entre os educadores. Não apenas os gays sofrem com o bullying. Em geral, um grupo ou outro colega mais agressivo assedia moralmente o outro colega em razão de alguma diferença como a sexualidade, raça, magreza ou obesidade, espinhas, etc.

As “brincadeiras” se transformam em um verdadeiro temor para quem é vítima delas. De um “simples” apelido até xingamentos e agressões, o bullying não tem limites e pode causar a depressão e até levar os jovens ao suicídio. Embora não seja exclusividade do mundo infantil, o bullying é hoje visto como um grande mal, capaz de destruir a integridade moral e auto-estima de uma pessoa, principalmente dos mais jovens.

Para o professor PHD James Sears, especialista no assunto, “este comportamento deve ser cessado imediatamente e a idéia de penalidades deveria ser reforçada, mas esta é a parte mínima. Como eu havia explicado, isso é o que fazemos e não damos a devida atenção a questão. Professores e educadores devem se posicionar ao tomar conhecimento e dizer: "isto não é aceitável", que não é tolerável. Este é o mínimo que deve ser feito”, falou Sears em entrevista para a Lado A.

Esta semana o assunto tem sido debatido nos EUA por conta de cinco suicídios ocorridos no último mês no país por jovens que eram vítimas de preconceito e brincadeiras mal intencionadas porque eram homossexuais.

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