Se o teu irmão pecar contra ti, vai corrigi-lo, mas em particular, a sós contigo! Se ele te ouvir, tu ganhaste o teu irmão. Se ele não te ouvir, toma contigo mais uma ou duas pessoas, para que toda a questão seja decidida sob a palavra de duas ou três testemunhas. Se ele não vos der ouvido, dize-o à Igreja. Se nem mesmo à Igreja ele ouvir, seja tratado como um pagão ou um pecador público. (Mt 18, 15-17)
É uma sábia e detalhada lição sobre a estratégia chamada "correção fraterna". Em nossa reflexão pessoal podemos nos colocar de um e de outro lado da questão: como aquele que corrige e aquele que está sendo corrigido. Em minha opinião, a palavra chave é o termo "irmão". Em nenhuma das situações descritas Jesus desiste deste termo. É o ponto de partida. Ou, o ponto de vista. Enquanto vejo o irmão, a minha atitude de corrigi-lo será motivada pelo amor fraterno. No momento em que o irmão se torne "adversário" ou "inimigo", melhor parar com esse negócio de querer corrigi-lo. As duas últimas fases requerem bastante atenção. Quando Jesus recomenda "Dize-o à Igreja", não se trata, certamente, de fazer fofoca, mas de recorrer à autoridade (o primeiro significado de "Igreja") e/ou de envolver a comunidade intercessora (o significado de "Igreja-comunidade"). Diante da resistência máxima daquele irmão vem o último passo: "tratá-lo como se fosse um pagão ou um pecador público". Embora, na nossa mente poluída, isso pode significar atos de rejeição ou, quem sabe, agressividade, basta perguntar: como é que Jesus tratava os pagãos e os pecadores públicos. Notemos que o Senhor continua falando de um irmão que, no caso extremo de "cabeça dura" deve ser tratado como se fosse o pagão ou o pecador público. Com outras palavras: devemos recomeçar (da estaca zero) uma amorosa evangelização daquele irmão.
A mensagem de Jesus fica ainda mais evidente com o texto da segunda leitura de hoje (Rm 13, 8-10): Irmãos! Não fiqueis devendo nada a ninguém, a não ser o amor mútuo, pois quem ama o próximo está cumprindo a Lei. De fato, os mandamentos: “Não cometerás adultério”, “Não matarás”, “Não roubarás”, “Não cobiçarás” e qualquer outro mandamento se resumem neste: “Amarás ao teu próximo como a ti mesmo”. O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei.
Este comentário foi removido por um administrador do blog.
ResponderExcluir