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Desde o seu início em 2007, este blog evoluiu
e hoje, quase exclusivamente,
ocupa-se com a reflexão sobre a vida de um homossexual,
no contexto de sua fé católica.



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10 de setembro de 2009

O 3° travesseiro

"O 3o travesseiro” de Nelson Luiz de Carvalho. Uma emocionante história de Marcus, um rapaz de 17 anos, apaixonado pelo Renato. As peripécias de um amor ardente, porém atacado de todos os lados e modos, por mais diversas pessoas. A trama do romance, baseado nos fatos reais, é capaz de prender atenção a ponto de envolver o leitor, como se fosse participante daquela história e não apenas espectador. Entre os temas apresentados com maestria pelo autor, encontram-se os dilemas de aceitação de homossexualidade do filho pelos pais, a questão de interpretação da homossexualidade do ponto de vista religioso. Um destaque merece também o relato sobre a dura experiência dos “michês”, garotos de programa, que exercem a sua “profissão” nas ruas de São Paulo. Surpreende a dedicatória do Autor: “À minha esposa Sueli e ao meu filho Lucas, pelo tempo e a paciência que tiveram”, pois o estilo do livro é por demais “autobiográfico”. A não ser que Marcus tenha sido de fato Nelson Luiz, Beatriz – Sueli e Rafael chame-se de fato Lucas. Que permaneça no ar este segredo. De coração recomendo o livro. Depois da primeira leitura, numa noite e madrugada, voltei ao texto outras diversas vezes.

Editora Arx, São Paulo, 2005; 8ª edição. (Tenho informações sobre o mesmo livro lançado pelas Edições GLS, São Paulo)

Desafio e emoção. Assim posso definir o que representou escrever O terceiro travesseiro. Tudo começou numa sexta-feira de dezembro, 1995. Ao aceitar o convite de Marcus para um almoço, não imaginei que após tratarmos de assuntos comerciais – normalmente me reunia apenas com o pai dele – nossa conversa seguisse por caminhos tão pessoais de sua vida. (...) Por meses sua história invadiu minha vida de uma forma irreversível, levando-me a decidir contá-la em livro. Vencido o desafio de narrar todos os fatos como exatamente aconteceram, passei a caminhar pelo campo da emoção: a obra foi o resultado de ter convivido, por alguns meses, com os verdadeiros personagens da história; capítulos inteiros foram escritos nos próprios locais dos acontecimentos” (O Autor; contracapa)

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