"O 3o travesseiro” de Nelson Luiz de Carvalho. Uma emocionante história de Marcus, um rapaz de 17 anos, apaixonado pelo Renato. As peripécias de um amor ardente, porém atacado de todos os lados e modos, por mais diversas pessoas. A trama do romance, baseado nos fatos reais, é capaz de prender atenção a ponto de envolver o leitor, como se fosse participante daquela história e não apenas espectador. Entre os temas apresentados com maestria pelo autor, encontram-se os dilemas de aceitação de homossexualidade do filho pelos pais, a questão de interpretação da homossexualidade do ponto de vista religioso. Um destaque merece também o relato sobre a dura experiência dos “michês”, garotos de programa, que exercem a sua “profissão” nas ruas de São Paulo. Surpreende a dedicatória do Autor: “À minha esposa Sueli e ao meu filho Lucas, pelo tempo e a paciência que tiveram”, pois o estilo do livro é por demais “autobiográfico”. A não ser que Marcus tenha sido de fato Nelson Luiz, Beatriz – Sueli e Rafael chame-se de fato Lucas. Que permaneça no ar este segredo. De coração recomendo o livro. Depois da primeira leitura, numa noite e madrugada, voltei ao texto outras diversas vezes.
Editora Arx, São Paulo, 2005; 8ª edição. (Tenho informações sobre o mesmo livro lançado pelas Edições GLS, São Paulo)
Editora Arx, São Paulo, 2005; 8ª edição. (Tenho informações sobre o mesmo livro lançado pelas Edições GLS, São Paulo)
“Desafio e emoção. Assim posso definir o que representou escrever O terceiro travesseiro. Tudo começou numa sexta-feira de dezembro, 1995. Ao aceitar o convite de Marcus para um almoço, não imaginei que após tratarmos de assuntos comerciais – normalmente me reunia apenas com o pai dele – nossa conversa seguisse por caminhos tão pessoais de sua vida. (...) Por meses sua história invadiu minha vida de uma forma irreversível, levando-me a decidir contá-la em livro. Vencido o desafio de narrar todos os fatos como exatamente aconteceram, passei a caminhar pelo campo da emoção: a obra foi o resultado de ter convivido, por alguns meses, com os verdadeiros personagens da história; capítulos inteiros foram escritos nos próprios locais dos acontecimentos” (O Autor; contracapa)
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